Morre Azuhli, artista plástica cearense, aos 29 anos

Azuhli, artista plástica cearense, faleceu nesta quarta-feira, 15, aos 29 anos, informaram familiares e amigos nas redes sociais

12:59 | Mai. 16, 2024

Por: Beatriz Teixeira
A artista cearense Azuhli (1995-2024) é homenageada na quarta edição de evento aberto e gratuito nos Ateliês do Pocinho (foto: Reprodução/Kic Birô Digital)

A artista plástica cearense Luíza Veras, conhecida profissionalmente como Azuhli, faleceu nesta quarta-feira, 15. A informação foi comunicada por familiares e amigos nas redes sociais nesta quinta-feira, 16.

O comunicado informa que uma homenagem será prestada à artista, organizada por familiares e amigos, nesta quinta-feira, 16, a partir das 19 horas, na Funerária Alvorada, no bairro José Bonifácio. O sepultamento ocorrerá no Cemitério Parque da Paz, às 10 horas, no sábado, 18.

Nascida e criada em Fortaleza, Luíza Veras adotou Azuhli como pseudônimo, anagrama de seu próprio nome. Em suas obras, a artista escolheu retratar diversos corpos femininos em sua forma e sentimentos reais, fora dos “padrões” estéticos, utilizando cores fortes e vibrantes nas telas.

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Azuhli também era integrante do Conselho Consultivo de Leitores do O POVO. Em sua última publicação no Instagram, compartilhou um vídeo que revelava um pouco do processo criativo da obra em que estava trabalhando.

"Mais do que artista, Azuhli era uma espécie de símbolo, ela representava toda uma geração. A gente não perde só uma artista, perde alguém que gerava muita identidade com o público", lamenta o galerista Leonardo Leal, que organizou mostras com a artista.

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"Ela tinha ligações no Brasil inteiro. Expôs em Brasília, em São Paulo, tinha abertura em muitos estados. Tem obra dela nos Estados Unidos. Ela não era uma artista de um só lugar", completa Leonardo. 

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"A notícia que eu não queria ler. Meu Deus, Azuhli. nunca te esquecerei", lamentou o cantor Marcos Lessa nas redes sociais. Também se despediu o artista plástico Sérgio Gurgel: "Quando um artista se vai, ele leva uma parte de nós e uma parte do mundo também".

 

Sobre a própria produção, a artista elaborou,  em entrevista ao Vida&Arte em 2021: "Sinto-me livre para reproduzir sensações que ficam ao acordar e tentarmos lembrar do que sonhamos. Por isso, alguns personagens podem parecer flutuantes em meio ao cenário da pintura ou o destaque para símbolos presentes na composição".

A respeito das inspirações, a cearense sempre evidenciou a força que as relações interpessoais dela tinha para suas obras. "Eu sempre disse que o que me inspira são as pessoas ao meu redor, mas esses dias eu pensei que, talvez, o que move meu trabalho é a vontade de fazer com que as pessoas se enxerguem como eu as enxergo", completou.