Cannes: 6 brasileiros já ganharam no festival; confira premiados

O Brasil acumula 38 indicações à Palma de Ouro. Destes, apenas um venceu até agora. Mas outros 5 filmes já foram premiados em outras categorias. Veja quais

Um dos festivais mais respeitados mundialmente é o Festival Anual de Cinema de Cannes, que em 2024 vai para a sua 77ª edição. O Brasil está presente na disputa com o filme "Motel Destino", do cineasta cearense Karim Aïnouz.

Aïnouz compete na principal categoria da mostra, a Palma de Ouro. Além dele, diversos títulos brasileiros já concorreram na premiação. A lista de indicações conta com 38 filmes indicados à Palma de Ouro.

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Destes, apenas um venceu até agora, o filme “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte, 62 anos atrás.

No entanto, outras 5 produções já foram premiadas em outras categorias do festival. Confira a seguir mais sobre os filmes brasileiros que já foram premiados no Cannes.

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Brasil em Cannes: O Cangaceiro (1953)

“O Cangaceiro”, de Lima Barreto, rendeu o primeiro prêmio do Brasil no Festival de Cannes, em uma categoria já extinta: a de Filme de Aventura.

Teodoro, do bando de cangaceiros de Galdino Ferreira, se apaixona por Olívia, professora capturada pelo bando durante um ataque. Mas o romance acaba provocando ciúmes na mulher do capitão, que ama Teodoro em segredo.

Brasil em Cannes: O Pagador de Promessas (1962)

“O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte, é o único filme brasileiro que alcançou o maior prestígio do festival de cinema, a Palma de Ouro.

Ele também chegou a ser indicado ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar de 1963, mas não levou a estatueta para casa.

Depois de seu asno de estimação ter sido atingido por um raio, Zé do Burro faz a promessa de carregar nas costas uma imensa cruz de madeira até a igreja de Santa Bárbara. Porém, a jornada acaba se tornando um pesadelo.

Brasil em Cannes: O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969)

No caso de “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro,” o prêmio foi para Glauber Rocha, que venceu a categoria de Melhor Diretor no Festival de Cannes.

Antônio das Mortes é um antigo matador de cangaceiros contratado por um coronel para matar um beato agitador. Ele confronta sua vítima, mas decide poupar sua vida. Mais tarde, ele resolve apoiar a causa do povo contra os desmandos do coronel.

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Brasil em Cannes: Eu sei que vou te amar (1986)

“Eu Sei que vou te Amar”, de Arnaldo Jabor, foi reconhecido pela atuação de Fernanda Torres, que se consagrou como Melhor Interpretação Feminina no festival de cinema.

Um jovem casal que se uniu quando ainda eram jovens tem um filho e se separam após dois anos. Após estarem separados por três meses, eles marcam de se reencontrar e decidem, durante duas horas, realizar um jogo da verdade sobre tudo o que já lhes aconteceu ao longo da vida.

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Brasil em Cannes: Linha de Passe (2008)

Anos depois, o Brasil voltou a ser premiado na mesma categoria do vencedor anterior. Dessa vez, Sandra Corveloni ganhou o prêmio como Melhor Interpretação Feminina pelo papel de Cleusa em “Linha de Passe”, de Walter Salles e Daniela Thomas.

Quatro irmãos são criados pela mãe, que trabalha como empregada doméstica e está mais uma vez grávida de pai desconhecido. Com a ausência do pai, lutam por seus sonhos e um deles vê seu talento como jogador de futebol a esperança de uma vida melhor.

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Brasil em Cannes: Bacurau (2019)

O faroeste de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles foi até Cannes e conquistou o Prêmio do Júri, uma das principais categorias do festival.

Os moradores de Bacurau, um pequeno povoado do sertão brasileiro, descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa. Aos poucos, eles percebem algo estranho na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam à cidade.

Quando carros são baleados e cadáveres começam a aparecer, os habitantes chegam à conclusão de que estão sendo atacados. Agora, o grupo precisa identificar o inimigo e criar coletivamente um meio de defesa.

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Cannes: Nordeste brasileiro em evidência no Festival

A história do Brasil em Cannes possui momentos marcantes, sobretudo, em relação às produções nordestinas. O primeiro filme a ser indicado ao prêmio da Palma de Ouro, “Sertão”, em 1949 é da região.

O único vencedor na categoria principal, “O Pagador de Promessas”, é também do Nordeste brasileiro. Entre os destaques das indicações estão a adaptação de “Vidas Secas”, “Bacurau”, “O Cangaceiro”, entre outros.

Este ano, o suspense erótico “Motel Destino” do cearense Karim Aïnouz é quem está na disputa na categoria Palma de Ouro. Com um extenso elenco de mais de 500 atores, o filme trata sobre um motel no nordeste do Brasil.

A Pandora Filmes pretende lançar o filme nos cinemas no Brasil ainda durante o mês de maio.

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