Marcelo D2 se apresenta no segundo dia de aniversário de 25 anos do Dragão do Mar
Equipamento celebra 25 anos com programação gratuita. Neste segundo dia o rapper Marcelo D2 se apresentou no local.Em comemoração aos 25 anos do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), o cantor Marcelo D2 se apresentou neste domingo, 28, na Praça Verde do Dragão. As meninas do Essas Mulheres, cantando “samba das meninas” também se apresentaram no local.
Com uma programação toda gratuita, o equipamento cultural recebeu neste fim de semana atividades como mostra de cinema, ações educativas nos museus, sessões gratuitas no Planetário Rubens de Azevedo, apresentações teatrais e musicais, feirinhas e ações de cidadania cultural.
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No primeiro dia de festa, o espaço cultural recebeu um público de três mil e quatrocentas pessoas. Já neste segundo dia, misturando rap e samba, Marcelo D2 empolgou um público de quatro mil pessoas.
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Em entrevista ao Vida & Arte, o artista falou que é fundamental debatermos cidadania e democracia por meio da fruição artística no País.
“A cultura muda a vida. Eu tô muito honrado e feliz de estar aqui nesta festa de 25 anos do Dragão. Eu adoro essa Cidade, eu adoro esse lugar, eu adoro esse tipo de projeto. E tá aqui fazendo isso, sabe, tá sendo incrível. Eu tô muito feliz de estar aqui” revelou o músico sobre sua participação no aniversário do equipamento cultural.
D2 continuo, afirmando ser difícil viver de arte no Brasil. “Até hoje, eu ainda tenho que provar todo dia, que a gente faz cultura nesse País. Então, eu acho que viver de cultura num país que nem o Brasil, é segurar a batata quente e sinistra” declarou o artista.
Confira galeria fotos do show do rapper Marcelo D2:
Para a vocalista do grupo “Essas Mulheres”, Patrícia Trajano, participar da programação do equipamento cultural e cantando samba em Fortaleza, onde o forró é predominante, foi uma experiência maravilhosa e única.
“Em todas as nossas apresentações a gente sempre leva a esperança, que é o que nos move, sempre buscando aquilo que vá realmente trazer novas oportunidades, sempre com muita expectativa, tanto do público como do local em si” disse a vocalista do grupo.
Para a superintendente do Dragão do Mar, Helena Barbosa, a expectativa da campanha do aniversário de 25 anos do Dragão do Mar era provocar uma conexão afetiva das pessoas que tiveram suas histórias dentro do local.
“Toda a nossa campanha, toda a nossa narrativa se deu focada em gente, nas pessoas. E foi muito bacana porque a programação inteira foi pensada de forma diversa para que esse público se reconhecesse. Durante todo ano a gente tem ali os programas especiais, os programas fixos, e a gente percebeu que alguns públicos estavam distantes, então a programação responde a essa demanda e eu fiquei muito feliz, porque as pessoas vieram de forma muito emocionadas pra cá” contou.
Sobre o Maloca Dragão, Helena afirmou que o aniversário do equipamento cultural está dando um gostinho de quero mais nas pessoas.
“O Maloca marca uma era muito gostosa do Dragão e tem a ver, de fato, com isso, como é que o Dragão fica atento a todos. A gente escreveu o Maloca neste ano nas leis. Estamos em processo de captação. Há alguns desafios a fazer, mas a gente tá indo muito bem. Agora temos umas pessoas dentro do Instituto pensando como é que se aproxima da rede privada para que essas fontes também sejam diversificadas, mas tá no nosso horizonte, de fato. Estamos em captação, mas vai acontecer”, revelou a superintendente.
A programação de aniversário também contou uma homenagem a Mário Gomes, o "Poeta Descomunal", que costumava ocupar o equipamento em seus últimos dias de vida.
Ambulantes
Apesar do aniversário de 25 anos do equipamento cultural, o vendedor ambulante Herlando de Oliveira Lima de 40 anos alega uma situação difícil nas vendas com diminuição de 90% em seus lucros.
“Muito pelo contrario, diminuiu. Para nós, os ambulantes, aqui fora diminuíram. Porque eles priorizaram só o pessoal que está vendendo lá dentro do evento. Disseram para a gente que eles iam botar a gente numa posição legal para vender, mas botaram uma grade e limitaram. Não deixam a gente vender nas entradas. Para ter uma ideia, ontem, eu não vendi nem o suficiente para pagar o gelo que eu comprei” relatou o profissional que trabalha há três anos como vendedor ambulante.
E continua, revelando que o movimento no entorno do Dragão do Mar anda fraco.
“Teve momentos bons. Nesses dez anos teve, até uns um ano e meio, dois anos atrás, estava muito bom o movimento aqui. Aí, de repente, os bares começaram a fechar, a praça está toda detonada, quebrada, abandonada mesmo, pelo poder público. Aí as vendas, o público se afasta, o turismo se afasta”, opina.
Já para a vendedora Carmen Celeste Araújo Xavier, 45 anos enxerga um cenário diferente. Para ela, que possui uma barraquinha de comidas, as vendas estão ocorrendo bem com a festa.
“Com a festa, as vendas aumentaram muito, foi maravilhoso. Eu possuo meu foodtruck de comida aqui há dez anos e sempre que tem festa eu vendo muita coisa. É verdade que nos últimos tempos com o fechamento dos bares do entorno as vendas diminuíram, mas com a festa que está havendo neste fim de semana as vendas, pelo menos pra quem vende comida, aumentaram” , relata a propriedade do foodtruck Loira Lanches.