Netflix: jovem que planejou morte dos pais é tema de documentário
História de Jennifer Pan, canadense que planejou a morte dos pais junto com o seu namorado, virou documentário na NetflixO documentário “O Que Jennifer Fez?” está disponível na Netflix e ocupa o ranking entre os mais assistidos de abril na plataforma. A obra tem como tema principal o caso de Jennifer Pan, jovem, que com ajuda do namorado, planejou a morte de seus pais. Entretanto, após descobrirem o plano, ela foi condenada à prisão perpétua.
Com imagens de arquivo, gravações dos interrogatórios de Jennifer e mensagens de texto incriminatórias, o documentário revive a narrativa do caso. Mesmo sem a participação de nenhuma das pessoas diretamente envolvidas no crime, materiais de entrevistas com os detetives envolvidos nas investigações complementam a obra.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
À procura de uma vida diferente, ela iniciou um namoro com o traficante Daniel Wong. Segundo o documentário, ela pediu ajuda dele para arquitetar o plano do assassinato. Eles queriam que o crime parecesse um roubo - Jennifer seria uma testemunha. Juntos, contrataram três atiradores.
Os invasores amarraram seus pais, atiraram nos dois e fugiram do local. A mãe, Bich Ha, morreu na hora, mas o pai sobreviveu ao tiro e confirmou a participação da filha no crime.
Como o segredo de Jennifer foi desvendado?
Apesar de Jennifer Pan aparentar fragilidade, os delegados do caso contam que suspeitavam da garota, pois a câmera de segurança de um dos vizinhos mostrava a entrada sem grande esforço dos três homens.
A polícia acreditava que o ataque tinha sido motivado por criminosos interessados nos bens da família Pan, mas passaram a ter suspeitas sobre o caso. Os oficiais estranharam o fato de inúmeros itens valiosos não terem sido roubados, além de Jennifer ter sido apenas amarrada em seu quarto e não ter sofrido qualquer ferimento.
| Leia também | ‘Interestelar’, de Christopher Nolan, será reexibido no cinema
Ao passar pelo primeiro interrogatório com a polícia, a canadense manteve sua versão dos fatos. Mais tarde, o pai da garota acordou de seu coma e contou à polícia que lembrava de ver a filha falando algo para um dos criminosos amigavelmente.
A prisão de Jennifer
Jennifer foi presa no dia 22 de novembro de 2010. Em seu terceiro interrogatório, ela assumiu ter contratado assassinos profissionais, mas apenas para matar ela mesma e não os pais.
Atualmente, o pai vive com o filho caçula, com cerca de 70 anos ele leva uma vida reclusa e tem uma ordem de restrição contra Jennifer.
Leia mais
Qual a história de Jennifer Pan?
Leia mais
Jennifer Pan nasceu no Canadá em 1986, com ascendência vietnamita. Ela tem um irmão mais novo, Felix, e mantinha uma relação conturbada com os pais. Bich Ha Pan e Huei Hann Pan eram exigentes com o desempenho escolar da jovem.
Ela apenas saía de casa para ir ao colégio ou realizar alguma atividade extracurricular. O sonho dos pais era que ela se tornasse atleta olímpica de patinação, plano descartado após uma fratura.
Depois, Jennifer se tornou uma mentirosa compulsiva. Assim surgiram as dificuldades na escola e, diante da pressão dos pais, falsificava suas notas e outros documentos. Fingiu ter sido aprovada em uma faculdade canadense sem nem mesmo ter conseguido o diploma do ensino médio.
Namoro escondido
Pan também escondeu por anos o namoro com um rapaz chamado Daniel Wong. Ao sair da casa dos pais para ficar mais perto da universidade onde fingia estudar farmácia, passou a morar com o companheiro. Enquanto isso, trabalhava em um restaurante e dava aulas de piano para complementar a renda.
Os pais perceberam contradições nas histórias de Jennifer e tomaram medidas para controlar a jovem. Ela voltou a morar com a família e a estudar para terminar o ensino médio. O namoro com Daniel Wong foi interrompido devido às circunstâncias de vigilância. Os pais desaprovavam o relacionamento da filha, devido Wong ser traficante.
Segundo o veículo canadense CBC, a jovem foi condenada a prisão perpétua por assassinato e tentativa de assassinato em janeiro de 2015, sem a possibilidade de liberdade condicional por 25 anos.