Câmara de SP aprova dar nome de Rita Lee ao Parque Ibirapuera

Aprovada na primeira votação, o projeto de lei que prevê homenagem em memória de Rita Lee segue para a segunda etapa

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em primeira votação, na quarta-feira, 10, o projeto de lei que prevê nomear o parque Ibirapuera com o nome da cantora brasileira Rita Lee. A mudança do nome seria uma homenagem à cantora que cresceu no bairro vizinho e tinha vínculo afetivo com o parque, citada na autobiografia da artista.

O PL foi proposto em maio de 2023 pela vereadora Luna Zarattini (PT), logo após a morte de Rita. A parlamentar pede que o nome da artista seja incorporado ao do parque e passe a ser chamado "Parque Ibirapuera - Rita Lee".

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Em entrevista ao Jornal Folha de S. Paulo, Zarattini explicou o motivo da proposta. “Rita Lee e o parque do Ibirapuera são dois grandes símbolos da cidade de São Paulo e estão no imaginário de milhares de paulistanos e paulistanas quando pensamos na nossa cidade. Rita Lee era visita frequente no parque e já declarou publicamente que já declarou publicamente seu afeto pelo Ibirapuera”.

O Parque Ibirapuera é um espaço de lazer municipal, que recebeu recentemente a operação da iniciativa privada em 2022, desde então, é administrado pela Urbia, conhecida pela Gestão de parques.


Relação da Rita Lee com o Ibirapuera

Referência entre cantoras e compositoras da história da música brasileira, Rita nasceu e cresceu na Vila Mariana, bairro vizinho ao Ibirapuera. Em sua autobiografia, ela narra a relação afetiva com o parque.

No livro da cantora,"Mutatis Mutandis", o parque é mencionado diversas vezes a importância do local marcante para a vida da artista. A "Floresta Encantada", como era descrita por Lee, era aconchegante e ideal para um pequeno acampamento ou realizar piqueniques aos domingos.

Segundo Rita, as visitas ao Ibirapuera eram em grupo de seis mulheres. Cada uma tinha a responsabilidade de cuidar de uma árvore ou planta, retirando ervas daninha. Elas também plantavam pés de frutas, verduras e legumes nas redondezas do parque.

Na época da comemoração aos 400 anos da capital paulista, Rita menciona que "o sonho acabou" , ao relembrar do parque, e complementa que suas pequenas hortas foram destruídas, e a floresta deu lugar ao asfalto, cimento e "construções de gosto duvidoso".

Além disso, diferente dos outros velórios de artistas, que geralmente acontecem no Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Rita Lee foi velada no Planetário do Ibirapuera, o espaço de apreço da cantora.

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