Antropóloga Lilia Schwarcz é eleita imortal da ABL com 24 votos
Lilia Moritz Schwarcz é historiadora, antropóloga e a quinta mulher da atual composição da ABL
Nesta quinta, 7, a historiadora e antropóloga Lilia Katri Moritz Schwarcz foi eleita para ocupar a 9º cadeira da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ela sucede o já falecido Alberto da Costa e Silva, que também era historiador. Ela foi eleita com 24 votos. Edgard Telles Ribeiro teve 12 e houve ainda 2 abstenções.
Estavam inscritos para a eleição, além de Lilia e Edgard: Chirles Oliveira Santos, Ney Suassuna, Antônio Hélio da Silva, J. M. Monteirás e Martinho Ramalho de Melo.
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Em seu perfil no instagram, a antropóloga revelou que é uma honra fazer parte da academia e demonstrou gratidão a tudo que aprendeu com Alberto da Costa e Silva. Com Lilia, a ABL passa a ter cinco mulheres em sua atual formação.
“Espero honrar e seguir as diretrizes que ele deixou na ABL. Sinto tanta falta dele sempre, e ainda mais nesse dia. Mas me oriento pelas lições que ele deixou e assim sigo em frente”, declarou.
Em entrevista divulgada pela Folha de São Paulo, Lilia afirma que possuía grande admiração pelo trabalho de Alberto, um dos maiores pesquisadores em cultura africana no País. "Sempre nos preocupamos com as mesmas causas, do movimento negro, da igualdade racial", afirmou a pesquisadora.
Lilia Moritz Schwarcz é professora sênior do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo e Global Scholar (de 2008 até 2018) e atualmente Visiting Professor em Princeton. Ela será a quinta mulher da atual composição da ABL.
Nascida em São Paulo, em 1957, Schwarcz tem mais de 30 livros publicados. Com uma vasta produção acadêmica, abordou ao longo da carreira temas como a história do Brasil colonial, a escravidão, a cultura popular e as questões raciais.
(Colaborou Pedro Dias)