Noah Schnapp, de 'Stranger Things', sugere que 'sionismo é sexy'

Ator de "Stranger Things", Noah Schnapp apareceu em um vídeo no qual pessoas ao seu redor utilizavam adesivos com a frase "Sionismo é sexy"; atitude foi criticada nas redes sociais

O ator Noah Schnapp, que interpreta Will na série “Stranger Things”, esteve novamente em uma polêmica diante do conflito no Oriente Médio entre o Estado de Israel e o Hamas. Depois de curtir uma publicação que debochava de muçulmanos e apoiadores da Palestina, o artista apareceu em um vídeo no qual está rodeado por pessoas que usavam adesivos com a frase “Sionismo é sexy”.

O vídeo repercutiu nas redes sociais e gerou grande reação negativa. Noah aparentemente estava reunido com amigos em uma cafeteria, e foi possível observar uma mulher segurando também um adesivo que afirmava que o “Hamas é o Isis (Estado Islâmico)”.

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As críticas à postagem estão relacionadas principalmente à frase “Sionismo é sexy”. Os comentários apontam para o entendimento de que o Estado de Israel tem cometido um “genocídio” contra o povo palestino a partir dos bombardeios à Faixa de Gaza. Mais de 11 mil pessoas morreram no território - sendo, entre elas, mais de 4.500 crianças. As análises também compreendem que o sionismo de Israel tem sido uma prática colonizadora e racista.

Noah Schnapp: “Ou você apoia Israel ou apoia o terrorismo”

Na compreensão dos críticos, Schnapp estaria apoiando, de certa forma, o cerco a Gaza. O ator é judeu e publicou em 11 de outubro, após ataques do Hamas a Israel, um texto no qual defendia Israel. Embora tenha dito que o Hamas “não representa o povo palestino”, ele também disse que “ou você apoia Israel ou apoia o terrorismo”. “Não deveria ser uma escolha difícil. Você devia se envergonhar”, acrescentou.

“Noah Schnapp pode se sentar em cafés chiques com seus amigos, ser abertamente pró-genocídio e islamofóbico, mas ainda assim falar sobre ‘ter medo como um judeu’, enquanto as pessoas são chamadas de terroristas e são presas apenas por dizerem Palestina Livre”, disse um perfil no X (antigo Twitter).

“O que me chateia no vídeo do Noah Schnapp é que essas são as mesmas pessoas chorando e dizendo que temiam por suas vidas porque ‘o mundo os odeia’. Há pessoas perdendo suas vidas enquanto eles estão rindo”, desabafou uma internauta na rede social.

O que é sionismo?

O conflito no Oriente Médio tem entre seus principais elementos a busca de Israel por consolidar-se como um Estado. A base político-ideológica que deu origem à construção desse Estado é chamada de sionismo. Por isso, para entender o atual conflito no Oriente Médio, é preciso voltar no tempo.

O sionismo é um movimento surgido no século 19 na comunidade judia na Europa que buscava uma solução para a questão judaica. Naquela época, o antissemitismo – que é a discriminação contra os povos semitas, entre os quais está o povo judeu – estava em crescimento no continente.

Foi o sionismo enquanto movimento político que deu corpo à criação do Estado de Israel, em 1947, logo após o Holocausto na Europa, quando cerca de 6 milhões de judeus foram assassinados, principalmente em campos de concentração da Alemanha nazista. O termo sionismo faz referência ao Monte Sião, nome de uma das colinas de Jerusalém e usado como sinônimo de terra prometida, ou terra de Israel.

A definição do conceito sionismo gera divergências entre estudiosos e militantes de movimentos favoráveis e contrários à criação de um estado judeu. Enquanto algumas correntes de pensamento apontam para o caráter laico do sionismo, outros acreditam que o movimento é necessariamente baseado na religião judaica.

Além disso, enquanto seus defensores apelam para a necessidade de se estabelecer um local seguro para a população judaica, após as perseguições sofridas ao longo dos séculos, seus críticos consideram que a ideologia política por trás desse movimento é racista e colonial, sendo um obstáculo para a paz no Oriente Médio.

Com informações da Agência Brasil

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