José de Abreu é condenado a indenizar Vereza após chamá-lo de fascista
Ator José de Abreu foi processado por Carlos Vereza por chamá-lo de fascista
15:58 | Nov. 07, 2023
José de Abreu, 77, terá que pagar R$ 35 mil ao também ator Carlos Vereza, 84, como reparação às ofensas proferidas em seu perfil da rede social X (antigo Twitter) , em 2020. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo jornalista Ancelmo Gois, do O Globo. A decisão foi emitida pela juíza Flávia Viveiros de Castro, na 6ª Vara Cível da Barra, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Em janeiro de 2020, José de Abreu havia publicado tuítes chamando a Vereza de “sem caráter”, “esclerosado” e “fascista”. Abreu também acusou Carlos Vereza de ter agredido uma colega de trabalho com uma bengala durante as gravações da novela “Corpo Dourado”, exibida em 1998.
Meu caro colega Carlos Vereza.
Achei muito bonito seu apelo para que eu respeite Regina Duarte, mas infelizmente eu não respeito nem fascistas nem quem os apoia, como você e ela. Achei bonita sua hipocrisia, sua falta de caráter e memória,digna de um esclerosado que costuma falar
Vereza então levou o caso à justiça, processando José de Abreu por danos morais, alegando que as ações do ator lhe feriram a honra, pedindo por indenização e retratação pública. A juíza do caso julgou como procedente a solicitação de Carlos Vereza, segundo ela escreveu na decisão:
"Da leitura das postagens realizadas pelo réu não se retira nenhum conteúdo crítico, informativo ou em manifestação democrática, mas, sim, com a intenção única de ofender o autor por pensar diferente dele, o que evidentemente ultrapassa o seu direito à liberdade de expressão. A crítica feita pelo demandado ultrapassa as balizas da mera crítica e mesmo da ironia. São ofensivas e representam verdadeiro discurso de ódio, gerado pela simples manifestação política do demandante que seria contrária à do demandado."
José de Abreu deve pagar R$ 35 mil com correção monetária e juros a Carlos Vereza, além de realizar uma retratação pública no X. O ator afirma que exerceu seu direito de liberdade de expressão e que suas publicações seriam cobranças democráticas.