The Callisto Protocol: boa atmosfera de suspense em terror espacial
Jogo desenvolvido pela Striking Distance Studios tem campanha curta e apresenta alguns problemas técnicos, mas cria muito suspense em história no espaçoUm dos gêneros mais populares da atualidade, o terror se mistura com a ficção científica em "The Callisto Protocol", jogo desenvolvido pela Striking Distance Studios e publicado pela Krafton. A obra, lançada inicialmente em dezembro de 2022, consegue acertar na criação de suspense e apresenta boa premissa.
Este “survival horror”, categoria que engloba franquias como "Resident Evil" e "Dead Space", é um dos jogos mensais de outubro de 2023 para assinantes da PlayStation Plus, podendo ser adquirido sem custos adicionais.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
A campanha é linear e apresenta itens com informações sobre a história ao longo do caminho. Está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC. Uma DLC (conteúdo extra) chamada “Final Transmission” foi lançada em junho deste ano. Confira abaixo uma análise a respeito do jogo.
A história de The Callisto Protocol
Em "The Callisto Protocol", controlamos Jacob Lee, interpretado por Josh Duhamel (de quatro filmes da franquia "Transformers"). No ano de 2320, Jacob está em um trabalho para entregar uma carga à prisão Ferro Negro, em Calisto, uma das luas galileanas de Júpiter — assim como Ganímedes, Europa e Io.
A entrega dá errado e sua nave cai em Calisto. Jacob é resgatado pelo capitão Ferris (Sam Witwer, de "Supergirl"), que depois o prende. Nos instantes seguintes, um tumulto com criaturas alienígenas se inicia na prisão, o que vai sendo explicado ao longo da história.
Tentando fugir, Jacob trabalha ao lado de personagens como Elias (Zeke Alton, de "Ratchet & Clank: Rift Apart") e Dani (Karen Fukuhara, de "The Boys"). O enredo parece demorar um pouco para encaixar de vez, mas a premissa é ótima e traz seus mistérios.
Jogabilidade de The Callisto Protocol
A jogabilidade não foge do que já existe no gênero. Você corre, pula, agacha, coleta itens, interage com objetos e luta. O combate, extremamente violento, tem um bastão para lutas físicas, além de uma variedade de armas e uma espécie de luva gravitacional.
É importante adotar o sistema de esquivas, pois alguns inimigos não caem rapidamente. Há como melhorar o equipamento em máquinas, pagando com créditos coletados.
Os enigmas envolvem, basicamente, explorar a área em busca das soluções e lutar contra mais alienígenas, pouco variados. A campanha é curta e chega a ter momentos repetitivos, mas isso não estraga a experiência.
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Ambientação em The Callisto Protocol
Durante a campanha, Jacob passa pela prisão e por certos espaços do lado de fora. É tudo bem linear, mas caminhos “adicionais” fornecem itens valiosos. Os gráficos são bons e, em determinados momentos, há como ver o grande planeta Júpiter ao fundo.
Passamos por vários setores da prisão, utilizando elevadores, escadas e plataformas. Um dos pontos altos é a excelente ambientação de suspense e tensão. Alguns sustos são previsíveis — como em filmes de terror —, mas outros chegam de surpresa.
Pela questão dos locais fechados no espaço sideral, o jogo rendeu várias comparações com a famosa franquia "Dead Space". Reforçando essas impressões, Glen Schofield, diretor de The Callisto Protocol, esteve envolvido na produção do primeiro "Dead Space", lançado em 2008.
Aspectos técnicos de The Callisto Protocol
Um dos maiores problemas que o jogo tem é a questão do carregamento. Ao morrer, o tempo para ressurgir é considerável, até em comparação com obras maiores e de mundo aberto. O salvamento automático, por sua vez, é eficaz.
Nota-se também quedas de FPS (taxa de quadros por segundo). A troca de armas é devagar, o que pode dificultar a vida do jogador. A iluminação (ou escuridão) combina muito bem com os gráficos.
A trilha sonora faz sua parte no suspense. A ausência de dublagem é negativa, mas as legendas funcionam. Vale ressaltar o bom elenco da obra, que aparece bem visualmente e nas atuações.
Conclusão
The Callisto Protocol é um ótimo jogo para os fãs de suspense e terror, além dos que gostam de aventuras espaciais. O ambiente de tensão é o grande mérito que a obra possui.
A jogabilidade é boa, a história é interessante e vai sendo amarrada ao longo da campanha. Os principais problemas do título são técnicos: duração de carregamento e quedas de FPS.
É uma experiência válida para quem curte o gênero. O preço é uma questão pela campanha curta (cerca de 10 horas), mas vale bastante o teste para assinantes da PlayStation Plus.
Pontos positivos:
- Ambiente de suspense e terror
- História interessante
- Combate
- Gráficos e iluminação
- Elenco
Pontos negativos:
- Tempo de carregamento
- Quedas de FPS
- Certas fases são repetitivas
- Falta de dublagem