Novo jogo da franquia de Sonic une inovações e nostalgia

Uma dos personagens mais populares da história dos jogos eletrônicos, o ouriço Sonic está de volta em nova aventura: “Sonic Superstars”. O novo título do velocista tenta trazer suas novidades e, pela primeira vez, apresenta um modo cooperativo local.

“Sonic Superstars” resgata a ideia de plataforma 2D, com gráficos modernos e uma jogabilidade que flui. A campanha é curta, mas ganha horas com as fases especiais e o modo de batalha online. Desenvolvido pela Arzest e pela Sonic Team, a obra é publicada pela Sega. Vem depois de jogos como “Sonic Origins” (2022) e “Sonic Frontiers” (2022).

CONFIRA | Podcast Vida&Arte é destinado a falar sobre temas de cultura e está disponível em todas as plataformas. Ouça clicando aqui

O título, lançado na semana passada, está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC (via Steam e Epic Games). Esta análise foi feita a partir do envio de um código de acesso ao jogo. Agradecemos à Sega e sua assessoria por terem compartilhado a chave.

Sonic Superstars: enredo, interações e duração da campanha

A história de “Sonic Superstars” apresenta o ouriço e os amigos Tails, Knuckles e Amy contra o clássico vilão Eggman, que quer dominar o mundo. Eggman conta com a ajuda de Fang e da misteriosa Trip, nova personagem criada por Naoto Ohshima, artista com grande participação na franquia.

O enredo é simples, sem diálogos. Há uma cena feita em animação no início, para contextualizar melhor a história. Lembrando que todos os menus estão bem traduzidos para a língua portuguesa.

Um dos problemas do título é a duração da campanha principal: entre cinco e sete horas. Com as fases extras espalhadas ao longo dos cenários, algumas horas a mais entram na conta, mas mesmo assim não é algo condizente com o preço do jogo.

Diferentemente de “Sonic Frontiers”, que é em 3D, Sonic Superstars vem em 2D. Você (obviamente) corre, pula, coleta anéis e interage com o ambiente. Cada personagem jogável passa uma sensação diferente ao ser controlado, o que é um mérito dos desenvolvedores.

Sonic Superstars: dos chefões ao modo cooperativo

As fases apresentam várias rotas alternativas, com exploração por todos os lados. Você pode encontrar portais que levam às fases extras, com medalhas e esmeraldas do caos. Algumas dessas fases adicionais poderiam oferecer recompensas melhores, mas a intenção é válida.

O maior problema da jogabilidade é na hora de lutar contra os "chefões". Os maiores inimigos só são vencidos após ciclos e não podem ser atacados livremente — é padronizado e tira aquele fator da criatividade. Cada vez que o ouriço morre, a batalha reinicia e você passa por cada ciclo de novo.

A grande novidade é a ótima introdução do modo cooperativo local. É possível jogar com até outros três amigos e coletar o máximo de itens ao longo de um nível. Quem ficar para trás pode apertar um botão e aparecer na frente, o que equilibra o recurso.

O multiplayer online consiste em batalhas, como corridas. Esse modo de batalha também pode ser jogado contra a máquina, que controla os adversários. Vencer concede medalhas, utilizadas para personalizar o robô avatar.

Ademais, as icônicas esmeraldas do caos agora fornecem poderes. São sete habilidades diferentes para explorar melhor as zonas e combater inimigos com criatividade. Uma boa adição para a franquia.

Sonic Superstars: design e trilha sonora

Na questão gráfica, o trabalho é competente. Os personagens funcionam no design 3D e as fases estão bem feitas. Os cenários ao fundo são bons e o esquema de cores traz o carisma do mundo de Sonic.

A trilha sonora não é ruim, mas não consegue ser memorável como em outros títulos do velocista azul. Certos temas se destacam, enquanto muitos só passam despercebidos pelo jogador.

Não há bugs ou grandes erros técnicos, só quedas pontuais de FPS (taxa de quadros por segundo). O tempo de carregamento não foi empecilho. Fez falta, no menu, uma simples indicação de quais fases tiveram esmeraldas coletadas.

“Sonic Superstars” não vem para revolucionar a franquia e não deve ter, por exemplo, o mesmo impacto de “Sonic Mania” (2017). Mesmo assim, é um jogo divertido de um personagem que continua popular. A introdução do modo cooperativo local é uma adição importantíssima para a saga do ouriço, que sempre tem vários personagens icônicos ao seu lado.

O recurso de poderes das esmeraldas é valioso e bem-vindo. Por fim, a ideia de expandir a exploração em plataforma 2D é válida, mesmo que precise ser ajustada. É um jogo caro considerando o que oferece, mas pode valer a pena em promoções futuras.

Pontos positivos

• Modo cooperativo local
• Poderes das esmeraldas do caos
• Jogabilidade é diferente com cada personagem
• Ideia da exploração em plataforma
• Gráficos 3D

Pontos negativos

• Preço comparado ao conteúdo oferecido
• Duração da campanha principal
• Batalhas contra os chefes

Tags