Eça de Queiroz: herdeiros divergem sobre destino de restos mortais
Parte dos herdeiros de Eça de Queiroz estão se opondo sobre a transferência dos restos mortais do escritor para o Panteão Nacional de Lisboa
10:32 | Set. 27, 2023
Parte dos herdeiros do escritor português Eça de Queiroz (1845-1900) se mostram contra a transferência dos restos mortais dele para o Panteão Nacional de Lisboa, local onde grandes nomes do país estão sepultados. A mudança deveria acontecer nesta quarta-feira, 27.
Eça de Queiroz morreu aos 54 anos, em agosto de 1900, na França. Como ele não havia deixado nenhuma instrução sobre a forma de seu sepultamento, foi enterrado no túmulo da família de sua esposa. Anos depois, em 1989, foi levado para da própria família, localizado no norte de Portugal, em Santa Cruz do Douro.
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Em vida, escreveu clássicos como “Os Maias”, “O Primo Basílio” e “O Crime do Padre Amaro”. Além de autor, também foi um diplomata português. Em 2021, uma decisão do legislativo português autorizou a transferência dos restos mortais dele para o Panteão.
Dos seus 22 bisnetos, 6 estão sendo contra a mudança. Como argumentação, eles alegam que o Panteão é um local que não recebe muitas visitas e que a região onde o corpo de Eça está atualmente tinha importância para ele.
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Um dos herdeiros ainda afirmou que não gostaria de ver o bisavô ao lado de “um jogador de futebol, um fadista e um militante antifacista que não fez nada para o país além de ter sido assassinado”.
Além dos 6 bisnetos, um movimento popular do local se manifesta contra a transferência. Entretanto, autoridades do lugar garantem que ela não afetará no turismo da região.
Contrapondo eles, 13 bisnetos são a favor da decisão e outros 3 declararam serem indiferentes quanto a isso. Devido a maioria apoiar, a justiça derrubou o veto dos outros herdeiros que são contra e uma nova data para a transferência será marcada.
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