Fernando Botero, famoso artista colombiano, morre aos 91 anos

O artista colombiano Fernando Botero morreu nesta sexta-feira, 15, aos 91 anos em sua casa em Mônaco. Era um renomado pintor, escultor e desenhista, popularizado como pintor de “gordinhos”. A informação sobre seu falecimento foi divulgada pelo jornal “El País”.

Cinco meses atrás, o escultor tinha perdido sua esposa, a artista Sophia Vari. Além do grande legado no mundo artístico, ele deixou três filhos.

Botero iniciou sua carreira no final da década de 1940, trabalhando como ilustrador no jornal “El Colombiano”. Enquanto trabalhava para o veículo, foi influenciado pelas obras do italiano Piero Della Francesca (1415-1492), construindo a partir disso seu próprio estilo.

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Por sua técnica, o colombiano foi relacionado a uma arte que tinha o bom-humor presente. As grandes pinturas e esculturas de bronze trouxeram fama ao pintor.

“Não pintei uma única gorda em minha vida. Expressei o volume, busquei dar protagonismo ao volume, torná-lo mais plástico, mais monumental, quase uma comida, por assim dizer, arte comestível. A arte deve ser sensual, digo nesse sentido”, afirmou ao ser questionado sobre seu estilo.

Ele dizia que sua pintura era sobre “temas afetivos, porque a pintura foi fundada sobre temas afetivos”. “Vê-se que os pintores trabalharam a exaltação da vida, em meio a grandes tragédias. Por exemplo, o impressionismo: quem já viu um quadro impressionista deprimente? E isso entre guerras e tragédias, mas a pintura mantinha uma atitude positiva perante a vida” explicou.

Teve seu trabalho exposto em 2011 no Brasil, em uma mostra individual na cidade de São Paulo. Com mostra intitulada “Dores da Colômbia”, o artista trouxe críticas a violência de seu país, causada por disputas entre militares, políticos e guerrilheiros, como também pelo narcotráfico.

A morte de Botero foi lamentada pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro. Em sua conta no X, antigo Twitter, escreveu: “Morreu Fernando Botero, o pintor de nossas tradições e defeitos, o pintor de nossas virtudes. O pintor de nossa violência e da paz”.

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