Dia da Visibilidade Lésbica: 5 filmes e séries sobre amor entre mulheres

A presença destes relacionamentos nas telas é fundamental para proporcionar momentos de identificação

15:52 | Ago. 29, 2023

Por: Redação EdiCase
Mês de agosto é conhecido por datas marcantes para as mulheres lésbicas (Imagem: Svet foto | Shutterstock) (foto: )

Em 29 de agosto, o Brasil comemora o Dia da Visibilidade Lésbica, uma data que teve origem no 1º Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE). Realizado em 1996, o encontro teve como tema “Visibilidade, Saúde e Organização”, em que criou um espaço para debater temas como sexualidade, prevenção de HIV e ISTs, além de mercado de trabalho e cidadania para as mulheres lésbicas.

O mês de agosto possui um significado especial para essas mulheres brasileiras e está associado ao protesto conhecido como o “Stonewall brasileiro” ou “Levante do Ferro’s bar”. Em 19 de agosto de 1983, ativistas do Grupo Ação Lésbica Feminista (Galf) lideraram um protesto no Ferro’s Bar, situado, na época, nas proximidades da Avenida 9 de Julho, em São Paulo.

Esse local servia como um ponto de encontro para a distribuição do folheto “Chanacomchana”, que abordava tópicos como saúde, segurança, vivências e até mesmo contos e poemas sobre o amor entre mulheres.

O objetivo desse protesto era contestar as injustiças e os preconceitos que começavam a surgir contra as lésbicas naquele ambiente. Como uma forma de homenagear a ativista pioneira Rosely Roth, responsável por liderar o protesto, o Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE) surgiu um dia após o sexto aniversário de seu falecimento, ocorrido em 28 de agosto.

Casais de filmes e séries para celebrar a data

A mídia e o entretenimento são aliadas para dar luz às diversas temáticas sociais, incluindo todas as manifestações de amor. A presença destes relacionamentos nas telas é fundamental para proporcionar momentos de identificação, representatividade e entretenimento. A seguir, confira 5 casais de mulheres que aquecem o coração!

1. Tala e Leyla (I Can’t Think Straight)

Tala e Leyla (Imagem: Reprodução Digital | Enlightenment Productions)

O casal formado por Tala e Leyla é uma representação significativa da diversidade amorosa e religiosa no filme “I Can’t Think Straight”. Tala (Lisa Ray) é uma mulher jordaniana-britânica que está prestes a se casar com um homem. Porém, ela se sente presa às expectativas sociais e familiares. Por outro lado, Leyla (Sheetal Sheth) é uma jovem indiana muçulmana que também enfrenta conflitos internos devido à sua sexualidade.

No decorrer do filme, as jovens desenvolvem uma forte conexão emocional que evolui para um amor genuíno. A história aborda as complexidades de aceitar a própria identidade enquanto enfrenta as barreiras culturais, religiosas e familiares que muitas vezes acompanham a descoberta da orientação sexual.

Onde assistir: Apple TV+ e YouTube.

2. Santana e Brittany (Glee)

Santana e Brittany (Imagem: Reprodução Digital | 20th Fox)

Estrelada pela eterna Naya Rivera, a personagem Santana trouxe visibilidade popular para o processo de descobrimento da sexualidade. Ainda em 2009, na série Glee, o casal protagonizou momentos emocionantes.

Inicialmente apresentadas como amigas próximas e integrantes da equipe de líderes de torcida, a relação entre Santana e Brittany (Heather Morris) evoluiu ao longo da série. À medida que a história se desenrolava, ficava claro que elas tinham uma ligação especial que ia além da amizade.

A série explorou o desenvolvimento do relacionamento delas, abordando temas como autoaceitação, reação de amigos e familiares e descoberta de orientação sexual. O relacionamento delas em “Glee” é significativo, porque mostrou personagens LGBTQ+ navegando por questões pessoais, escolares e sociais de maneira sensível e realista até o dia do casamento das duas — e, claro, com muita música envolvida.

Onde assistir: Netflix.

3. Emily e Sue (Dickinson)

Emily e Sue (Imagem: Reprodução Digital | Apple TV)

Livremente inspirada na verdadeira Emily Dickinson (Hailee Steinfeld) e nos boatos do seu caso de longa data com a esposa de seu irmão, Sue Gilbert (Ella Hunt), a série Dickinson proporciona uma narrativa poética da conexão apaixonada e romântica entre as duas mulheres desde o início.

No entanto, em meio ao cenário de poesia, à cultura estadunidense do século 19 e à guerra civil, o relacionamento delas enfrenta desafios e obstáculos que tornam seus momentos na tela ainda mais emocionantes.

Onde assistir: Apple TV+.

4. Stef e Lena (The Foster’s)

Stef e Lena (Imagem: Reprodução Digital | Freeform)

Stef e Lena são retratadas como mães amorosas e dedicadas, profundamente comprometidas com o bem-estar e o desenvolvimento de seus filhos. The Foster’s mostra os altos e baixos da maternidade e os desafios de serem um casal lésbico assumindo a criação dos jovens em uma sociedade que nem sempre é inclusiva.

Elas enfrentam questões legais e sociais que podem afetar suas vidas familiares, como elementos importantes relacionados à adoção, à guarda legal e o direito de serem reconhecidas como as mães de seus filhos.

Onde assistir: Disney+ e Prime Video.

5. Callie e Arizona (Grey’s Anatomy)

Callie e Arizona (Imagem: Reprodução Digital | ABC Studios)

Uma das séries mais longas em exibição, as 19 temporadas contaram com diversos altos e baixos entre os casais, incluindo a pediatra Arizona e a ortopedista Callie. A relação das duas possui camadas que abordam vida profissional, expectativas familiares, construção de um lar, entre outros desafios.

De toda maneira, a representação do casal tem um poder imensamente significativo, devido aos poucos relacionamentos entre mulheres que existiam na TV no início dos anos 2000. Tal representação ajudou a avançar a visibilidade e aceitação de casais do mesmo gênero na mídia, contribuindo para a normalização de diversos tipos de relacionamentos.

Onde assistir: Star+, Globoplay, Prime Video e canal Sony.