Marco Luque faz show de humor em Fortaleza neste domingo, 27

Comediante Marco Luque apresenta o espetáculo "Dilatados" em Fortaleza neste fim de semana com dois dos seus principais personagens

10:48 | Ago. 25, 2023

Por: Miguel Araujo
Humorista Marco Luque leva a Fortaleza o personagem Mustafary, um dos principais de sua carreira (foto: Lucas Ramos/Divulgação)

Acompanhado de dois dos principais personagens de sua carreira, o comediante paulista Marco Luque estará em Fortaleza neste domingo, 27, para apresentar duas sessões do espetáculo “Dilatados”. No show de humor no Teatro RioMar, Luque viverá novamente o motoboy paulista Jackson Faive e também o vegetariano Mustafary.

Os ingressos para as sessões de 18h e 20 horas estão à venda por valores a partir de R$ 50. As entradas podem ser adquiridas pelo site Uhuu e pela bilheteria do teatro. O espetáculo é dirigido pelo próprio comediante e por Guilherme Rocha, com produção de Macatranja.

Conhecido também por suas participações nos programas televisivos "Custe o Que Custar (CQC)", "Altas Horas" e "Nova Escolinha do Professor Raimundo", o humorista abordará questões sociais do dia a dia a partir de seus personagens. Com Jackson Faive, Luque discute de forma bem humorada e descontraída a precariedade do trabalho informal pelas ruas de São Paulo.

Vivendo o vegetariano “muito controverso e irônico” Mustafary, que “sempre demonstra seu amor pela natureza e pelos animais”, o comediante leva ao público a temática do consumo de carnes com diversas piadas. Em entrevista ao O POVO, Marco Luque comenta sobre a importância dos personagens em sua trajetória e o que o público de Fortaleza poderá esperar da apresentação.

Entre evoluções e adaptações

O POVO: O show deste fim de semana reúne Jackson Faive e Mustafary, dois dos seus principais personagens. Qual a importância que eles tem em sua carreira e que evoluções ao longo dos anos percebeu em seu estilo de fazer comédia a partir da interpretação deles?

Marco Luque: Todos os personagens são muito importantes para mim, mas acredito que o Jackson e o Mustafary possuem um cantinho especial por serem os que mais apresento hoje em dia. Inclusive, em outubro os levarei para a Europa, na minha primeira turnê internacional. Uma das evoluções que mais consigo perceber são as formas de interpretar e trazer piadas, que não são as mesmas de alguns anos atrás, porque o mundo muda, as percepções mudam e lógico que para manter os personagens atuais, eu também preciso me adaptar a isso.

O POVO: Tanto Jackson Faive e Mustafary abordam discussões e tensionamentos sociais em suas apresentações. Ambos também estão em “atividade” há vários anos e acompanharam transformações e novos pontos de reflexão. Enquanto comediante, como tem sido, para você, pensar também nessas questões em seus shows? Há um olhar atento para as atualizações das problemáticas discutidas socialmente para que isso se reflita também em seu texto?

Marco: Eu sempre busquei e busco trabalhar os meus personagens de forma descontraída e leve, com muitas referências do palhaço, por exemplo, que vai fazer as pessoas rirem sem ter peso na consciência. Com essas mudanças ao longo do tempo e principalmente no que diz respeito aos assuntos mais sensíveis, eu sempre tomo um cuidado para que não ofenda ninguém, tanto que busco fazer as piadas comigo mesmo e pensar em cada mensagem que será transmitida, porque mais do que fazer humor, eu vejo como um desafio de passar algo adiante e que seja do bem.

O POVO: É interessante observar como o seu conteúdo se adaptou ao longo dos anos a diferentes plataformas. Como você encara as possibilidades de humor em plataformas diversas? Quais aspectos mais se destacam no seu processo criativo diante disso?

Marco: Quando eu comecei há alguns anos, a internet ainda não tinha se tornado o que é hoje, então foi algo totalmente novo pra mim. Eu vejo muito como possibilidades, um espaço para ampliar o público que me conhece e me acompanha. No momento de construir os roteiros, eu sempre procuro a forma que eu posso fazer a mensagem ser transmitida no digital, com a mesma energia de uma plateia física, o que é um grande desafio, e é justamente o que mais se destaca durante esse processo, entender como o público da internet vai receber aquele conteúdo, que precisa ser de certa forma diferente de uma apresentação ao vivo.

O POVO: Seus perfis nas redes sociais acumulam mais de 14 milhões de seguidores. A internet tem sido uma ferramenta muito importante para a divulgação de trabalho de novos humoristas, mas também de comediantes já consolidados. De que formas você encara as possibilidades de criação do seu conteúdo pensadas especificamente para a internet?

Marco: Hoje eu entendo a internet como uma maneira de alcançar pessoas diversas, e para isso, o meu conteúdo tem que ser diverso também. Para as redes sociais eu procuro explorar os recursos e os formatos, fazendo vídeos longos, curtos, uma foto mais cômica, legendas criativas e engraçadas, tudo para utilizar as possibilidades que as mídias nos fornece. Hoje também conto com um time de mídia, na Macatranja, minha empresa, que me auxilia com tudo isso e é incrível ver a proporção que um conteúdo na rede pode tomar, por isso também temos mais cuidado ainda com o que compartilhamos com a galera por lá.

O POVO: Sua atuação artística também acontece como produtor e empresário, a exemplo da sua produtora “Macatranja”. Como é, para você, conciliar essas facetas de seu trabalho?

Marco: É um desafio. A Macatranja hoje é uma casa de criações, onde queremos desenvolver a arte e humor da forma que eu já conduzo meu trabalho há anos, com amor. Há 13 anos estamos no mercado e, desde então, ela está à frente das minhas criações, processos artísticos, personagens e turnês. Esse ano criamos novos núcleos de especializações dentro da empresa com o intuito de agenciar novos talentos. Recentemente fechamos contrato com o ator e humorista Érico Brás que passa a ser agenciado de forma 360 pela Macatranja. Essas duas frentes, tanto como empresário como humorista, andam juntas e é muito prazeroso ter o prazer de vivenciá-las dessa forma.

O POVO: O que o público de Fortaleza pode esperar dos shows deste fim de semana?

Marco: “Dilatados” é um espetáculo muito especial e importante, eu me apresento com os dois maiores personagens da minha carreira. O roteiro é todo pensado com cuidado e trazendo inovação, surpresas, aventuras do Jackson Faive e Mustafary, que além do bom humor também trazem vivências do nosso dia a dia e colocam a galera para pensar.

Dilatados, com Marco Luque

  • Quando: domingo, 27, às 18h e às 20 horas
  • Onde: Teatro RioMar Fortaleza (rua Des. Lauro Nogueira, 1500 - Papicu)
  • Quanto: Plateia Alta - R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
    Plateia Baixa B - R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)
    Plateia Baixa A - R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia)
  • Onde comprar: site Uhuu e na bilheteria do teatro (funcionamento de terça a sábado, das 14h às 20 horas)

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