Morre cantora Leny Andrade aos 80 anos no Rio de Janeiro
Cantora Leny Andrade, uma das referências do jazz brasileiro, morre aos 80 anos no Rio de Janeiro
10:39 | Jul. 24, 2023
A cantora Leny Andrade morreu, aos 80 anos, nesta segunda-feira, 24, no Rio de Janeiro. A artista carioca estava internada no Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, na Zona Oeste. Ao longo de mais de seis décadas de carreira, Leny se consolidou como uma das referências do jazz brasileiro. Desde 2018, a artista morava no Retiro dos Artistas, espaço que acolhe profissionais da cultura no Rio.
"Estou indo encontrar João Donato e Tony Bennett. Música do céu. Minha voz estará sempre com vocês", postou a equipe da artista no perfil do Instagram. "A diva do jazz brasileiro foi improvisar no palco eterno. Leny faleceu nesta manhã, cercada de muito amor", completou a nota.
Ministra da Cultura, Margareth Menezes homenageou a carioca. "Dona Leny Andrade, que vá em paz. Seu legado é eterno. Obrigada por tantas contribuições", se despediu.
A cantora Gabby Moura lamentou a morte de artistas nas redes sociais. "Não pode ser verdade isso. Nossa eterna rainha do jazz, da bossa nova, do improviso. Que falta você fará, Leny", publicou a cantora de samba e pagode.
"O Brasil acaba de perder de Leny Andrade. Ele já levou a música brasileira a 48 países. É consagrada internacionalmente. Ela era tão, mas tão poderosa que costumava ter Tony Bennett na plateia de alguns dos muitos shows que fez em templos do jazz de Nova York. Brilhou, alcançou lugares incríveis. Foi ouvida, tocada e muito reproduzida", homenageou Zezé Motta, lembrando os feitos da cantora mundo afora.
Leny Andrade: trajetória na música
Ainda criança, Leny de Andrade Lima iniciou os estudos no Conservatório de Música e já passou a se apresentar no Clube do Guri, da Rádio Tupi. Nas adolescência, passou a cantar no Beco das Garrafas, em Copacabana. Em 1961, ela lançou seu primeiro LP, “A sensação”.
A partir dos anos 1980, a intérprete passou a circular internacionalmente. Durante as turnês pelos Estados Unidos, a brasileira acabou se aproximando de nomes como Liza Minnelli e Tony Bennett.
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Ao longo da carreira, fez parceria e homenageou grandes artistas nacionais em álbuns como “Cartola 80 anos” (1988), “Antonio Carlos Jobim, letra e música” (1995) e “Luz negra – Nelson Cavaquinho por Leny Andrade” (1995).
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