5 bandas que marcaram a história do rock brasileiro
Conheça um pouco sobre os grupos que colecionam clássicos que inspiram gerações
Hoje é dia de rock, bebê! Coloque os fones e relembre a história do rock brasileiro. Tudo inicia nas décadas de 1950 e 1960, quando o gênero musical começou a ganhar popularidade ao redor do mundo. No Brasil, as primeiras bandas de rock foram influenciadas pelo cenário dos Estados Unidos, mas logo começaram a desenvolver seu próprio estilo.
Mais expressivo nos anos 1960, o rock nacional se popularizou com grupos pioneiros como Os Mutantes. Em 1970, o gênero se tornou um movimento cultural importante, com bandas como Secos & Molhados e Raul Seixas. Diversas bandas foram iniciadas em Brasília, por isso, o estilo foi historicamente utilizado para criticar o governo, a sociedade e os problemas do Brasil. Sendo um importante veículo de expressão cultural e social.
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Os anos 80 tornaram o rock brasileiro mais comercial e abriu portas para o experimentalismo em 1990. Nos anos 2000, as bandas se reinventaram para um ritmo mais diversificado. Surgiram novas bandas e artistas com diferentes abordagens e estilos musicais, como NX Zero e CPM 22 em 2010.
O rock perdura assim até os dias atuais e, apesar do pouco surgimento de novas bandas no gênero, é um dos mais celebrados no país. Veja, a seguir, 5 bandas, além das mencionadas, que marcam o estilo no Brasil.
1. Legião Urbana
De pais para filhos, Legião Urbana é um símbolo do rock brasileiro. Formada em Brasília, no ano de 1982, se diferencia pelas letras profundas e melancólicas. Com poesia em forma de música, o líder Renato Russo conquistou o público enquanto cantava sobre amor, política e questões existenciais. O grupo também era formado por Dado Villa-Lobos (guitarra e vocal), Marcelo Bonfá (bateria) e Renato Rocha (baixo).
A banda ganhou destaque no início dos anos 1980, em meio ao movimento conhecido como “Rock Brasília”, que também incluía outros grupos importantes como Capital Inicial e Plebe Rude.
Ao longo da carreira, o Legião Urbana lançou oito álbuns de estúdio, três álbuns ao vivo e um álbum de compilação. Suas músicas são conhecidas por letras inteligentes e críticas, além de melodias marcantes. Além disso, reúne gerações com as composições de “Faroeste Caboclo”, “Eduardo e Mônica”, “Pais e Filhos”, “Tempo Perdido”, “Que país é esse?” e “Geração Coca-Cola”.
2. Os Paralamas do Sucesso
Os Paralamas do Sucesso acompanha a caravana de grupos formados em Brasília. Desde 1983, a banda é formada por Herbert Vianna (guitarra e vocal), Bi Ribeiro (baixo e vocal) e João Barone (bateria e percussão).
Os artistas lançaram 17 álbuns de estúdio, seis álbuns ao vivo e um álbum de compilação. Suas músicas são conhecidas pela alegria e otimismo, além de letras que abordam temas como amor, amizade e natureza. Algumas das músicas mais famosas da banda são: “Aonde Quer Que Eu Vá”, “Meu Erro”, “Romance de Amor”, “Soldados”, “Óculos” e “Uma Brasileira”.
3. Titãs
A maioria dos membros da banda se conheceu no Colégio Equipe, em São Paulo, no final dos anos 1970. Com exceção do guitarrista Tony Bellotto e do baterista Charles Gavin, eles acompanharam apresentações de artistas como Novos Baianos, Alceu Valença e Gilberto Gil no pátio da escola. Inspirados também pela banda Blitz, decidiram formar um grupo e gravaram uma fita com músicas, com um som que misturava rock, new wave, pós-punk e influências da música brasileira.
Em 1982, após uma apresentação na Biblioteca Mário de Andrade, na qual Nando Reis assumiu a bateria, começaram a se apresentar em diversas casas noturnas da cidade com o nome Titãs do Iê-Iê. Ao longo da carreira, a banda lançou uma série de álbuns aclamados pela crítica e pelo público. Destacam-se obras como “Cabeça Dinossauro” (1986), “Õ Blésq Blom” (1989) e “Titanomaquia” (1993).
A banda passou por diversas mudanças em sua formação ao longo dos anos, mas sua influência impactou várias gerações de artistas brasileiros.
4. Capital Inicial
Também marcando o cenário do rock de Brasília, o grupo vem, em 1982, como um projeto paralelo dos músicos do Aborto Elétrico, uma das primeiras bandas de punk rock do país. Com a saída de Renato Russo, Dinho Ouro Preto assumiu os vocais e a banda passou a se chamar Capital Inicial.
Atualmente, é formada por Dinho Ouro Preto (vocal), Fê Lemos (guitarra), Flávio Lemos (baixo) e Mário Simões (bateria). O grupo faz grande sucesso até hoje, e lançou 12 álbuns de estúdio, quatro álbuns ao vivo e um álbum de compilação. Capital Inicial detém de vários sucessos, como “Primeiros Erros”, “A Sua Maneira”, “Não olhe para trás”, “Natasha” e “Tudo que vai”.
5. Sepultura
De som mais pesado, Sepultura foi formada em Belo Horizonte, em 1984. O grupo lançou vários álbuns, com destaque à “Beneath the Remains” (1989), “Arise” (1991) e “Chaos A.D.” (1993), que ajudaram a montar a reputação de pioneira do movimento thrash/death metal – e uma das poucas no país com este estilo.
O grupo lançou 12 álbuns de estúdio, dois álbuns ao vivo e um álbum de compilação. Suas músicas são conhecidas pela agressividade e energia, além de letras que abordam temas como guerra, política e opressão. Algumas das músicas mais famosas do Sepultura incluem “Roots Bloody Roots”, “Arise”, “Refuse/Resist”, “Territory”, “Inner Self” e “Dante’s Inferno”.
Bônus: Pitty
Apesar de ser uma artista solo, Pitty tem influência expressiva no cenário do rock nacional, principalmente ao que diz respeito à solidificação das mulheres em um estilo predominado por vozes masculinas. Ela é cantora, compositora e instrumentista brasileira e se destacou no final dos anos 90.
Pitty também contribuiu para a renovação do som do rock brasileiro. Seu estilo musical é uma mistura de punk rock, rock alternativo e elementos do grunge. Ao longo de sua carreira, ela lançou álbuns como “Admirável Chip Novo” (2003), “Anacrônico” (2005) e “Setevidas” (2014).
A cantora também se envolve em questões sociais e políticas, utilizando suas plataformas para promover debates e conscientização sobre temas como feminismo, direitos LGBTQ+, inclusão social e meio ambiente. Ela é uma figura influente e respeitada não apenas no cenário musical, mas também como uma voz ativa na sociedade.
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