Coleção de livros sobre Fortaleza é lançada nesta quinta-feira, 22
A Coleção Estante Ceará busca democratizar o acesso a artigos acadêmicosDa arte urbana de grafite em Fortaleza ao movimento do surfe na comunidade do Titanzinho, dos jardins residenciais projetados pelo paisagista Burle Marx ao rock cearense da década de 1970.
Todos esses temas estão reunidos nos doze livros da Coleção Estante Ceará, lançada pela Fundação Waldemar Alcântara (FWA) nesta quinta-feira, 22, às 19 horas, na sede da Fundação.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Organizada pelas pesquisadoras Silvia Furtado e Dora Freitas, a coleção consiste na publicação, em formato de livro, de artigos acadêmicos sobre diversos temas focados em explorar a diversidade de histórias e personagens contidos na cidade de Fortaleza.
O evento de lançamento da coleção é aberto ao público e terá a presença dos autores e dos professores selecionadores, além dos gestores da Fundação Waldemar Alcântara. Os livros estarão à venda e poderão ser autografados pelos escritores.
Segundo Silvia, a intenção do projeto é aproximar o público leitor dos trabalhos acadêmicos. "Nós temos trabalhos muito bons que são produzidos nas universidades, e esses trabalhos muitas vezes ficam restritos a uma discussão acadêmica. Então queremos dar visibilidade a eles, e assim fomentar a leitura e fazer com que as pessoas conheçam mais o que acontece aqui no Estado".
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A coleção foi idealizada para celebrar os 40 anos da entidade, e os doze artigos finais foram selecionados entre 75 inscrições por uma equipe de professores.
Embora ainda não haja planos concretos, o desejo de uma nova edição existe. "A gente quer, sim, fazer outro edital. Ainda não sabemos qual seria o tema, mas sempre é algo que diz respeito ao Ceará", afirma Silvia.
A jornalista e professora do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade de Fortaleza (Unifor) Alessandra Oliveira Araújo está entre os autores publicados. Sua tese de pós-graduação "Biograficidade: a arte urbana na formação de si e do espaço" investiga a arte de grafites espalhados por Fortaleza.
"Quando eles vão fazer os seus grafites, eles narram suas histórias de vida e compõem também uma história da cidade. Meu objetivo era entender como é que essa cidade era permeada por essas narrativas autobiográficas", conta a professora.
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A palavra “biograficidade”, que compõe o título da obra, é um conceito desenvolvido por Alessandra para falar da relação que nossas histórias e narrativas pessoais têm com o espaço no qual estamos inseridos.
“Quando andamos pela cidade e deixamos as nossas marcas, quando fazemos grafites, estamos incorporando as nossas histórias à história da cidade”, explica.
A jornalista considera ter seu trabalho incluído na "Estante Ceará" como uma chance de socializar sua pesquisa, e acredita que ter sua tese publicada no formato de livro a torna mais acessível.
Lançamento Coleção "Estante Ceará"
- Quando: quinta-feira, 22, às 19 horas
- Onde: sede da Fundação Waldemar Alcântara (rua Júlia Vasconcelos, 100 – Pio XII)
- Engrada gratuita
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