Com música e cachaça, Festival movimenta cultura da Ibiapaba
Festival Mel, Chorinho e Cachaça leva milhares de pessoas à Viçosa do Ceará. Programação continua neste sábado, 10Degustar aperitivos e doses das mais variadas cachaças enquanto escuta uma boa música. A experiência fica ainda melhor se acontece no município de Viçosa do Ceará, localizado a 347 km de Fortaleza. Esta é a proposta que busca levar milhares de pessoas à 11ª edição do Festival Mel, Chorinho e Cachaça.
Com o tema “Viçosa, Capital da Cachaça, Terra dos Engenhos do Ceará”, a programação gratuita segue até este sábado, 10, com atividades divididas em três cenários: Igreja do Céu, Igreja Matriz e praça Felipe Camarão.
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O projeto tem como objetivo o fomento cultural e econômico do local, pontos mencionados pelo conferente Rodrigo Filho, que garante presença todos os anos. Natural de Viçosa, ele prestigiou a segunda noite do evento e reafirmou a importância da iniciativa. “Sempre trazem grandes atrações. É muito bom para o município, as pessoas conhecem a cultura de Viçosa”, pontua.
Um dos destaques foi o show do cantor e compositor Mestrinho e do violonista e produtor Cainã Cavalcante no primeiro dia. Os dois trouxeram um projeto conjunto com canções autorais e clássicos da música brasileira, a exemplo de “Eu Só Quero Um Xodó” e “Feira de Mangaio”. “Esse show se torna único porque a gente não vai ter apenas o duo, com o violão e sanfona, mas nós trouxemos o Yuri Batista no contrabaixo e o Vinicius Matos na bateria”, destaca Cainã.
O público pôde conferir na quinta-feira, 8, o som do Trio Júlio, Grupo Trombone e Cia, NewChoro, Paizinho Miranda e Grupo Samba de Mesa. Já na sexta-feira, 9, o agito ficou por conta de Brenna Freire, Adelson Viana, Samba de Boteco, Fundo de Quintal e Filhas do Samba. “A gente ficou sensibilizado em fazer uma festa desse tamanho para o povo. A gente quer voltar mais e mais vezes”, compartilhou o músico Junior Itaguay, parte do Fundo de Quintal, após apresentação que extasiou os ouvintes com repertório composto por sucessos como “O Show Tem Que Continuar”.
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Entre a tradição e a inovação
A nova edição do Festival trouxe novidades para os visitantes a partir das interações com 80 expositores. A Feira do Agronegócios, situada na entrada da Igreja do Céu, disponibiliza equipamentos e maquinários. Já o Espaço Mel e Cachaça movimenta o fluxo com degustação e venda de produtos que vão desde biscoitos até os mais diversos sabores da bebida destilada que leva o nome do evento.
Também há setor dedicado aos artesanatos da Ibiapaba, assim como espaço da Central de Artesanato do Ceará (CeArt), com curadoria que integra objetos de Juazeiro do Norte, Nova Olinda e Fortaleza. “O evento tem crescido e diversificado bastante”, opina o professor Reinalde Mapurunga. Ele deixou de morar em Viçosa aos 11 anos e pretende voltar ainda em 2023 para empreender no ramo das bebidas. “A ideia é morar aqui e produzir cachaça”, relata.
Conhecida como a Capital Cearense da Cachaça, a cidade mantém a tradição da produção da bebida alcoólica entre gerações. Responsável pela Cachaça Oliveira, Roberto Oliveira está dando continuidade ao trabalho que aprendeu com o avô e repassa os ensinamentos para o filho, Robério Oliveira. “Temos os sabores de amburana e ameixa, feitos no Sítio Campo Redondo. É uma raridade, muito suave, quem degusta sempre quer levar”, afirma Roberto.
Ainda é possível prestigiar o Festival Mel, Chorinho e Cachaça neste sábado, 10. A programação do dia conta com apresentações de Tchesco Carvalho 4teto, Paulo Maurício, Luiz José, Nonato Lima e Dudu Nobre.
Confira a programação completa deste sábado, 10, aqui
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