Daniela Mercury diz que axé é um ritmo discriminado no Brasil
A cantora Daniela Mercury afirma não haver reconhecimento para o axé fora da Bahia, onde se originou o ritmoPara a cantora Daniela Mercury, o ritmo carro chefe de sua carreira, o axé music, é alvo de discriminação e ainda não é reconhecido no Brasil. A cantora alega que ainda há certo preconceito contra o gênero musical, principalmente em premiações pelo País.
"Infelizmente ainda existe falta de reconhecimento. E também falta de conhecimento sobre o que é feito artisticamente em outros lugares do Brasil, fora do eixo Rio-São Paulo", disse Daniela em entrevista à Folha de S. Paulo.
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A fala da cantora se reflete na 30ª edição do Prêmio da Música Brasileira, realizado recentemente no Rio de Janeiro. Em 31 categorias, o axé teve dois representantes. Psirico venceu como Grupo de Canção Popular e Olodum perdeu para Boi Bumbá garantido no Grupo Regional.
Com a música "O Canto da Cidade”, a cantora garantiu notoriedade na cena musical na década de 1990. Quase 31 anos depois, Daniela continua a defender o ritmo. Assim, a cantora indica caminhos para combater o atual qaudro de discriminação que o axé muisc enfrenta.
Para ela, é preciso um movimento de valorização do folclore e da música popular ("com mediadores culturais, pesquisas, documentações") e a criação de grandes premiações regionais. "Nosso ritmo ainda está relacionado ao Carnaval, que ainda é visto como algo menor no Brasil, e isso não é verdade", afirmou a cantora.
A cantora também cita Anitta e Ludmilla como alvos dessa discriminação, a partir do rtimo que cantam. "Anitta e Ludmilla têm trabalhos lindos, estão aí no mundo e, raramente, são indicadas nessas premiações da música. Vejo sim que assim como o axé, o funk também sofre essa discriminação. É triste. Acredito que prêmios são feitos para quebrar tabus e nós vamos quebrando um por um", lamenta a cantora.
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