DFB: Estilista nega que teve desfile cancelado por caso de racismo

A marca Alix teve desfile cancelado no DFB Festival e fontes afirmam que estilista teria feito comentários racistas e gordofóbicos nos bastidores, mas a estilista Alix Pinho nega

A estilista Alix Pinho, da marca Alix, se pronunciou através das redes sociais após ter desfile cancelado no DFB Festival. A apresentação da nova coleção seria feita nessa sexta-feira, 2, mas na madrugada do mesmo dia a organização do evento emitiu uma nota no perfil do Instagram anunciando a mudança.

De acordo com fontes ouvidas pelo Vida&Arte, o motivo do cancelamento teria sido um episódio de racismo e gordofobia envolvendo a estilista da marca, que nega as acusações.

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Através dos stories do Instagram, Alix afirmou que não teve desfile cancelado, mas que desistiu de participar do evento.

"Eu optei por não participar. Para mim foi frustrante, porque eu ia fazer além do melhor desfile da minha vida, eu iria fazer performances incríveis, que falam do tanto que a gente ajuda 240 mulheres, especialmente no Nordeste, tá? Ia ser lindo", declarou.

A estilista ainda afirmou que teria cancelado o desfile após perceber que as modelos não cabiam em suas roupas.

"A minha realidade não bateu com a realidade de lá. No ano passado, as minhas modelos eram belíssimas, lindas e elas cabiam na minha roupa", disse.

"É natural que seja P ou PP em qualquer desfile. O que aconteceu: tinha um grupo A de mulheres lindas que eu não entendi o porquê que elas não estavam na minha marca", continuou. "A seleção de modelos... elas não entravam na minha roupa", afirmou.

Alix negou que tenha feito comentários racistas para as modelos. "Tão me chamando de racista. Eu sou zero racista. Inclusive, todas as minhas campanhas, a maioria tem negras maravilhosas. O crochê fica incrível nelas e eu sou fã. Então racista não entra pra minha personalidade", comentou.

"Eu fui sincera, eles não me escutaram. Então, eu cheguei para as modelos e falei: 'Gente, não tá dando certo. Infelizmente. Eu prefiro não participar'. E daí começaram a reclamar, porque eu falei que elas tinham 40 de quadril e elas disseram que eu não podia falar isso pra elas", disse.

"Eu sou estilista, eu escolho a modelo que eu quiser pra representar a minha marca", comentou. "Liberdade de expressão existe. O mundo está ficando chato, insuportável", declarou.

Entenda o caso:

No dia 30 de maio, durante a prova de roupas que aconteceu no Hotel Sonata, Alix Pinho teria se alterado e proferido ofensas às modelos, relatam fontes ouvidas, que pediram para permanecer anônimas.

"Ela estava falando: 'Isso aqui não é modelo de verdade, eu achei que ia ter modelos de verdade aqui'. Ela disse que não queria modelos faveladas desfilando para a marca dela", afirma a fonte ouvida pelo O POVO. Pessoas presentes afirmam que ela teria usado termos racistas e gordofóbicos.

Uma modelo teria chorado durante o episódio e outras pessoas presentes teriam discutido e reprovado a postura da estilista. O caso teria acontecido com modelos da Way Model e, após o episódio, um dos representantes da agência teria dado suporte necessário para as modelos ofendidas, relata a fonte.

A fonte ainda conta que Alix Pinho teria jogado um copo com água no chão e exigido que alguém fosse limpar. Ainda no mesmo dia, a equipe do DFB teria informado aos presentes que o desfile da marca seria cancelado, mas a informação só veio a público nessa sexta.

Ao publicar a notícia do cancelamento do desfile, o DFB não mencionou o motivo. No comentário da publicação, internautas reforçam que a estilista teria proferido ataques racistas e gordofóbicos e parabenizaram o evento por cancelar o desfile.

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