"Herói da MPB", morre maestro Chiquinho de Moraes, vítima de covid-19
Chiquinho de Moraes faleceu aos 86 anos, contraindo a Covid no hospital onde tratava um câncer. O maestro trabalhou em discos de inúmeros músicos brasileiros que marcaram a MPB, como Roberto Carlos, Elis, Gal, Chico, Caetano e outros grandes nomesO maestro, arranjador e pianista Chiquinho de Moraes morreu neste domingo, 30, aos 86 anos de idade. De acordo com Otávio de Moraes, filho de Chiquinho, o músico faleceu em decorrência da covid-19, contraída no hospital em que esteve internado para o tratamento de um câncer.
Chiquinho de Moraes nasceu em 16 de abril de 1937, na cidade de Campinas, em São Paulo. “Recluso, complexo, imprevisível, excêntrico…não passava despercebido onde quer que estivesse”, descreveu Otávio de Moraes, que também é arranjador e produtor musical.
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Sua carreira na música teve início no final da década de 1950, quando acompanhava ao piano a cantora Celly Campello durante as gravações de “Banho de Lua” e “Estúpido Cupido”, canções que marcaram a época.
Nos anos de 1960, Chiquinho de Moraes começou a trabalhar com Elis Regina e assinou a produção dos discos “O baile da menina moça” (1960) e “Quando os brotos se encontram” (1961). A partir desse período, o arranjador trabalhou na TV Record e na Rede Globo como maestro dos programas das emissoras.
Entre os anos de 1970 e 1977, o maestro trabalhou com Roberto Carlos como arranjador de diversos discos e shows do cantor, como “Rotina” (1973) e “O Show Já Terminou” (1975). Na década de 1980, Chiquinho colaborou com Edu Lobo e Chico Buarque no álbum “O Grande Circo Místico”, de 1983.
Conhecido como o “herói da MPB”, Chiquinho de Moraes é creditado em produções musicais de diversos artistas nacionais, como Caetano Veloso, Erasmo Carlos, Gal Costa, Ivan Lins, Moraes Moreira, Simone e Zizi Possi.
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