Cine Holliúdy: terceira temporada estreia quinta, 27, na TV Globo
Em uma nova temporada repleta de homenagens, sátiras e referências, Cine Holliúdy volta à TV com novos personagensPara quem gosta de uma clássica comédia nordestina, é melhor buscar a pipoca porque "Cine Holliúdy" está de volta. Estreando nesta quinta-feira, 27, nas telas da TV Globo, a série, que já teve um curta-metragem, de 2004, e dois filmes, nos anos de 2012 e 2018, “Cine Holliúdy” e “Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral”, respectivamente, lança agora sua terceira temporada com os mesmos ingredientes que cativaram o público, mas com novos personagens, participações especiais e inspirações na atualidade.
Agora criada e escrita por Marcio Wilson e com direção artística de Patricia Pedrosa, Cine promove um diálogo entre passado e presente, e satiriza um Brasil que é ambientado na cidade de Pitombas, com homenagem ao cinema e à cultura nordestina.
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Em coletiva de imprensa da qual o Vida&Arte participou, Patricia Pedrosa destaca um dos principais motivos de seu orgulho pela produção: "Essa terceira temporada tem uma pequena mudança no tom. Nos aprofundamos mais em alguns temas, comportamentos, e acho que isso as pessoas vão sentir. É uma série que consegue ser popular e cult ao mesmo tempo. É difícil ter uma produção na TV aberta que consiga cativar tanto um público mais popular, como aquele que gosta mais do lado cult da comédia. Passeamos muito bem por esses universos”, afirma.
Nas temporadas anteriores, Francisgleydisson, interpretado por Edmilson Filho, um amante inveterado da sétima arte, batalhou para manter de pé seu cinema após o surgimento da televisão e, consequentemente, das novelas.
Na busca incansável por encher a sala do cinema, ele lançou filmes em "cearensês” e investiu tudo o que tinha para fazer seu negócio crescer. Após ter seu coração partido por Francisca (Luisa Arraes), agora, na terceira temporada, Francis recebe uma nova chance para o amor, Rosalinda, interpretada por Larissa Goes.
“Estar nesse set, com essa galera, é muito desafiador. É entrar numa dança que já estava acontecendo. A Rosalinda é uma artista, assim como eu, mas ela também tem uma coisa meio cigana; como se ela se apropriasse de cada lugar que chega. Ela tem uma leveza e, ao mesmo tempo, um peso muito forte de determinação”, revela Larissa.
Entretanto, Francis está afogado em dívidas e decide vender o seu maior bem. Mas, antes de levar o negócio adiante, recebe uma proposta irrecusável de um investidor misterioso; entra em cena, então, o ator Alexandre Borges. O cabra promete resolver as questões financeiras do cineasta e oferece melhorias para o Cine, em troca de sua alma, o que fará o personagem passar pelo juízo final.
“Sempre vi 'Cine Holliúdy' como um retrato do Brasil atual. Apesar de ser uma série que se passa em outra época, ela mostra um pouco da nossa realidade, de forma bem humorada. Também fala de um pequeno empresário que passa por dificuldades financeiras, e a gente tem essa problemática, principalmente depois da pandemia; além de todas as dificuldades econômicas que ainda enfrentamos. Tô muito feliz e ansioso para estrear nessa série tão querida, com esse elenco que me acolheu como um irmão”, diz Alexandre Borges.
Contando também com Matheus Nachtergaele, Heloísa Perissé, Solange Teixeira, Carri Costa, Haroldo Guimarães, Lorena Comparato e Gustavo Falcão, "Cine Holliúdy" explora gêneros de suspense, terror, magia, sobrenatural, ficção científica, super-herói, espionagem e cangaço.
Trazendo ainda remontagens de “O Bebê de Rosemary”, “O Exorcista”, “Alien o 8º Passageiro”, “Guerra nas Estrelas”, “Lampião e Maria Bonita”, “Frankenstein”, “007”, e “Exterminador do Futuro”.
Ao ser questionado sobre suas inspirações para carregar por tantos anos o personagem Francisgleydisson, Edmilson Filho exalta características dos cearenses e revela que nunca imaginou alcançar o sucesso atual. “As inspirações vêm do dia a dia, do povo que não leva desaforo pra casa e que tem as respostas na ponta da língua. O Francis é o herói que erra, mas que no final das contas tem uma pureza, um coração bom; com grandes paixões pelo cinema, e agora por Rosalinda. Muitos dos meus personagens tem um pouco do Edmilson, modéstia a parte, que eu acho que faço isso muito bem e com carisma. As pessoas gostam disto. Eu tenho zero ego dentro do set e quero que todo mundo brilhe."
Tratando de representatividade, Carri Costa, que interpreta Lindoso, ressalta as mudanças nas produções audiovisuais nordestinas, que conseguiram superar diversos estereótipos e trazer novas narrativas.
“Faltava isso. Termos uma história enquanto nordeste, enquanto Ceará. Somente era retratado no audiovisual um momento, que ficou cansativo e pouco representativo. Só dor, seca e cinza. E aí, de repente, a gente chega com cores reais, vivas, do nosso povo e do nosso jeito de pensar e ser satírico. A gente ouve isso das pessoas que assistem, que representamos bem. Elas sentem e se veem no audiovisual de uma grande emissora. Isso é muito importante pra cultura nordestina, mas principalmente pra brasileira. É o exercício pleno da democracia; ter todo o Brasil mostrado para o Brasil todo. Nos continua sendo tiradas muitas oportunidades, mas estamos no caminho certo e tô torcendo pela quarta temporada!”, comenta.
Para o roteirista Marcio Wilson, a terceira temporada é certamente a mais fantástica e divertida: “A mensagem é: cuidado com o que você deseja”, alerta Marcio, que explica, ainda, que alguns episódios são uma sátira do que o Brasil viveu, focada no que aconteceu de inusitado no comportamento das pessoas. “Damos um olhar distante e bem-humorado sobre o ser humano num momento de crise, onde uns veem problema, outros veem oportunidade, e o bem comum nem sempre é de interesse de todos”, conclui ele.
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