Matuê é atração confirmada no Festival Mada 2023, em Natal

Esta será a estreia de Matuê no Mada, que já havia anunciado nomes como Margareth Menezes, Liniker e Luedji Luna no line-up

Depois de anunciar nomes como as cantoras Margareth Menezes, Liniker e Luedji Luna, o Festival Música Alimento da Alma (Mada) confirma mais uma atração. O cearense Matuê, um dos maiores nomes do trap no Brasil, fará parte da edição comemorativa de 25 anos do festival, que será realizado em Natal (RN) nos dias 13 e 14 de outubro.

O evento acontecerá na Arena das Dunas e os ingressos do primeiro lote estão à venda por valores a partir de R$ 80. Essa será a estreia de Matuê no Mada. Responsável por sucessos como “Quer Voar” e “Máquina do Tempo”, em fevereiro ele conquistou, ao lado do também cearense WIU e do baiano Teto, a maior estreia do rap nacional no Spotify com a faixa “Flow Especial”.

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“O Matuê é um artista hoje com grande relevância a nível nacional e nesse público que vem sendo arrastado pelo trap talvez seja um dos maiores representantes do estilo, se não o maior. Por onde ele passa é muita molecada junta, então você levar essa galera para um festival que tem proposta de ser plural e apresentar a eles artistas com grande relevância como a Margareth Menezes é muito positivo”, aponta Pedro Barreira, diretor artístico do Mada.

“Uma outra questão que a presença do Matuê traz é mostrar como o Ceará também é uma cena que revela grandes artistas e que tem ganhado muita projeção a nível nacional. Ano passado, por exemplo, a gente teve o Don L”, complementa.

Rapper Don L gitou os visitantes do festival Mada com repertório recheado pelo seu premiado álbum "Roteiro Pra Aïnouz vol. 2(Foto: Rogério Vital/Divulgação)
Foto: Rogério Vital/Divulgação Rapper Don L gitou os visitantes do festival Mada com repertório recheado pelo seu premiado álbum "Roteiro Pra Aïnouz vol. 2

Realizado pela primeira vez em 1998, o Festival Mada tem como um dos seus objetivos oferecer programação plural e privilegiar “a música contemporânea e de vanguarda, inserindo o pop, o rap, a MPB e o indie em diversos sotaques, identidades e estilos”. No Mada, os palcos são dispostos lado a lado e há revezamento entre artistas que estão iniciando a carreira e nomes já conhecidos nacionalmente.

Em 2022, o evento voltou a acontecer depois de paralisação pela pandemia. O POVO acompanhou a edição de retomada, que teve no line-up nomes como Marina Sena, BaianaSystem e Emicida. Nesta versão, o gramado da Arena das Dunas estará disponível na íntegra, aumentando a capacidade do público. Ano passado, 25 mil pessoas acompanharam as atrações.

A celebração de 25 anos de história

Criador do Mada, o produtor Jomardo Jomas caracteriza o festival deste ano como uma edição “para celebrar” todo o histórico do evento. “A gente espera entregar ao público e às atrações uma edição bem trabalhada, no impulso de todos que estão envolvidos, para que seja uma comemoração, antes de tudo, de estarmos nesta resistência no Nordeste e cada vez mais acompanhando o crescimento da cena regional como um todo”, afirma Jomardo.

Em duas décadas e meia de existência, muitas transformações ocorreram no circuito musical e na forma de entregar o entretenimento. Quando o Mada começou a ser realizado, não havia o movimento intenso de redes sociais como o de hoje. Na análise do produtor, o evento passou de “um festival totalmente analógico em 1998” para um feito em meio a um grande universo digital.

Acima de tudo, porém, percebe o fortalecimento da cena musical nordestina, bem como da proposta de promover uma programação diversificada. “A gente apostou em uma programação conectada com uma pluralidade e um recorte bem legal de tudo que está acontecendo no País. Mesmo em um estado pequeno, a gente sempre quis fazer um festival grande no sentido de ter uma ampla diversidade e dentro da realidade do que o público está vendo e escutando”, pontua.

 

O produtor também ressalta a importância de festivais atuarem para “além da música” e assumirem papel de responsabilidade social. Nesse caso, cita a iniciativa “Mada Faz Escola”, com programações em áreas de vulnerabilidade social. “Enquanto festival, a gente traz renda, emprego, mostra a música potiguar e a nordestina como um dos focos principais, mas também temos preocupação social”, introduz.

“Neste ano, a gente começa com 15 atrações em 15 escolas de Natal. A gente vai levar música, mas também discutir sustentabilidade e outros assuntos que façam esses alunos se sentirem incluídos nessa discussão que o Mada sempre traz através da música. É muito importante que todos os festivais tenham essa responsabilidade de promover inclusão”, destaca.

Pedro Barreira, diretor artístico do Mada, complementa o discurso de Jomardo sobre a pluralidade do line-up desta edição. “O que guia a nossa curadoria é justamente o recorte mais fiel possível dentro da nossa possibilidade de pluralidade da música contemporânea brasileira”, inicia.

Ele complementa: “A gente tem cenas muito ricas, principalmente no Norte e no Nordeste. Tem a cena da Bahia, do próprio Rio Grande do Norte, que teve Luísa & Os Alquimistas entre os headliners no ano passado e que alcançou relevância nacional… A gente tem trabalhado muito nesse sentido, de trazer o que há de melhor dentro do pop, do rock, do rap, enfim, de todos os estilos”.

O diretor também reflete sobre a necessidade de equilibrar a presença de artistas de projeção nacional com nomes que ainda estão iniciando a trajetória: “A gente entende que precisa dar mais oportunidades a artistas que estão despontando na cena, e isso acaba tendo resultado junto ao público”.

Festival Mada

Quando: 13 e 14 de outubro, a partir das 18 horas

Onde: Estádio Arena das Dunas (Lagoa nova, Natal - RN)

Quanto: Pista - R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia)

Lounge - R$ 220 (inteira) e R$ 110 (meia; inteira solidária, com doação de 1kg de alimento não perecível)

Onde comprar: no site do Festival

Mas informações: @festivalmada no Instagram

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