João Fontenele: Conheça ator cearense com filme na Tela Quente
Do teatro ao cinema, João Fontenele coleciona trabalhos em filmes como "Fortaleza Hotel", "Cabeça de Nêgo" e "Baião de Dois"Um cearense, do interior, que se muda para São Paulo em busca de oportunidade. O enredo, semelhante ao de milhares de migrantes nordestinos, é também a história do ator João Fontenele, 30 anos, natural de Acaraú, município cearense localizado a 233.5km da Capital. Ele atuou em filmes como “Fortaleza Hotel” e “Cabeça de Nêgo” e na comédia “Baião de Dois", que estreia na Tela Quente nesta segunda-feira, 6.
"Os três filmes foram gravados em Fortaleza, o que torna o trabalho ainda mais interessante, pois posso usar meu sotaque, fico mais confortável para propor como ator", diz ele, sobre as produções. Sobre o personagem que mais o marcou, não pensa duas vezes: é Zezé, de "Baião de Dois".
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"O personagem do 'Baião de Dois', Zezé, me enche o coração, pois foi um personagem que pude construir com várias referências da minha vida em Acaraú. Como uma pessoa que cresceu na praia, fiquei feliz pelo contexto da história do filme", compartilha Fontenele.
Trajetória artística
João não poupa elogios ao cinema cearense, que considera "muito bom" e relembra os primeiros contatos com a sétima arte, ainda na cidade natal. “Eu cresci no interior, em uma cidade chamada Acaraú. Lá, na época, não tinha teatro ou cinema. Então a minha primeira referência de atuação era pela TV, através das novelas e filmes que passavam”, rememora o ator.
Em Fortaleza, onde passou a viver na adolescência, iniciou sua formação artística, frequentando cursos na Escola Porto Iracema das Artes e Theatro José de Alencar. Na Capital, se graduou em Publicidade e Propaganda para ter opção “caso não desse certo como ator”.
A saudade da família, dos sobrinhos e dos pais, agora vistos à distância, são os preços pagos pela dedicação a vida artística. "Levo o meu trabalho como ator muito a sério, pois abdiquei de muita coisa importante e que não volta", acrescenta.
As mudanças, que acompanhariam o artista, não o fizeram esquecer as belezas de Acaraú, que até hoje o inspiram.
"Como a atuação naturalista me atrai, gosto de buscar em minha memória a espontaneidade que cresci vendo na cidade, nas minhas relações lá, na cultura, nos meus familiares. As praias e a pesca me encantam. Sempre que volto em Acaraú fico mais atento, observo ainda mais no que o lugar pode me inspirar. Tenho vários planos e projetos para serem realizados em Acaraú. Espero que eu consiga fazer lindos filmes naquelas paisagens e possa apresentar ainda mais a cultura acarauense", projeta o ator.
"Mudei em busca de oportunidades. Acho que o pós pandemia, os momentos de incerteza, somado aos 30 anos, me fizeram querer arriscar mais, me dispor. Vim para São Paulo focado, em um momento mais maduro, na esperança de que as minhas experiências possam me proporcionar mais trabalhos", conta ele, que mora na capital paulista há um ano.
"2023 é um ano em que estou muito confiante. 2022 foi minha chegada em São Paulo, passei um ano para me encontrar na cidade, conhecer pessoas, apresentar meu trabalho. Agora é o momento de colher, de arriscar ainda mais. Tô com alguns planos para o teatro e para o audiovisual. Estou animado para este ano, tudo sinaliza que boas oportunidades surgirão", projeta o ator.
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