Titanic 25 anos: campeão de bilheteria retorna aclamado ao cinema

Após 25 anos da estreia de Titanic no Brasil, o longa com Leonardo DiCaprio e Kate Winslet será exibido novamente nos cinemas em 9 de fevereiro

16:44 | Jan. 14, 2023

Por: Lillian Santos
Leonardo DiCaprio (Jack) e Kate Winslet (Rose) em Titanic. (foto: Walt Disney Studios/Divulgação)

Uma divisão de classes que impulsionou um drama familiar. Uma história de amor que foi interrompida por uma tragédia em alto mar. Sucesso que conquistou o cinema mundial no final de 1997, “Titanic” conseguiu estabelecer novos padrões para o cinema internacional.

Chegando ao Brasil no mês seguinte ao lançamento oficial, na próxima segunda-feira, dia 16, completam-se 25 anos da estreia de “Titanic” nas telas nacionais. Dirigido e produzido por James Cameron, até então conhecido por “O Exterminador do Futuro”, “Titanic” marcou uma geração e trouxe novos ares para o setor que se redesenhava no fim da década de 1990.

Na época, o longa conseguiu o feito de ser comparado por diversos críticos a "E o Vento Levou”, filme de 1940 que marcou a Era de Ouro de Hollywood e foi considerado o último grande ato da indústria cinematográfica estadunidense do século.

Lançado há 25 anos, “Titanic” teve êxito de bilheteria, alcançando a marca de mais de 2,2 bilhões de dólares, e ficando estável na posição de maior arrecadação da história do Cinema por 12 anos até a estreia de “Avatar”, em 2009, também dirigido por James Cameron.

Titanic 25 anos: Os segredos do sucesso

O encontro na proa do navio deu início ao amor à primeira vista que transformou as vidas de Jack e Rose, legitimando a química entre os personagens que ultrapassou as telas e conquistou os corações do público que assiste até os dias atuais.

No auge de seus vinte e poucos anos de idade, dois jovens atores ainda a serem reconhecidos na área: Leonardo DiCaprio (Jack) e Kate Winslet (Rose) que, mesmo com suas indicações ao Oscar por “Gilbert Grape: Aprendiz de um Sonhador” (1993) e “Razão & Sensibilidade” (1995), respectivamente, foram convidados para integrarem ao elenco por serem considerados de “baixo custo”.

Naquele período, Leonardo DiCaprio já era um rosto querido, lembrado principalmente por sua interpretação de Romeu, no longa-metragem adaptado da obra de Shakespeare, em 1996, e tornando-se a primeira grande paixão platônica de inúmeros jovens.

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Já Kate Winslet, com 21 anos e cabelos tingidos de vermelho, teve sua imagem marcada na memória do Cinema com a cena em que é desenhada por Jack, nua e usando somente o colar de diamantes “Coração do Oceano”.

A cena, inclusive, é o mote para o início do filme, já que “Titanic” começa na atualidade, com Rose idosa rememorando a sua juventude no navio britânico RMS Titanic. A bordo do navio de luxo, o jovem casal descobriu os altos e baixos de uma paixão avassaladora e os desafios da vida adulta. Impedidos de viverem o amor juvenil, a missão ficou por conta de DiCaprio e Winslet, que mantiveram a amizade fora das telas mesmo após mais de duas décadas.

Titanic 25 anos: Conquistas atemporais

14 indicações, vencendo 11, no Oscar de 1998 não foram suficientes para comprovar a influência que “Titanic” teria a partir de sua estreia. Fora da premiação da Academia, o longa-metragem conquistou troféus no Globo de Ouro, BAFTA, SAG Awards, People's Choice Awards e Critics Choice Awards, na época denominado de Broadcast Film Critics Association.

Além de prestigiar a atuação, direção e produção, a trilha sonora também foi reconhecida e premiada. “My Heart Will Go On”, composta por James Horner e com vocais de Celine Dion, ganhou por “Melhor Canção” no Grammy. A versão instrumental, conduzida pelo saxofonista Kenny G, foi igualmente celebrada.

Cativando não apenas a crítica especializada, as categorias de “Titanic” foram essenciais para estabelecer o padrão de “filme preferido” para diversos espectadores. O publicitário Luccas Salles confirma que cada parte da construção do longa-metragem foi essencial para que este se tornasse o seu filme favorito de todos os tempos.

“O que mais me causa a sensação de que Titanic é ‘o filme’ é o modo com que James Cameron usou a tragédia real de um navio luxuoso e misturou isso com um romance utópico de dois jovens de classes diferentes. A interpretação dos atores, a trilha sonora, as cenas… Todo esse combo me encanta, emociona e me faz chorar.”, detalha Luccas.

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Titanic 25 anos: Marco de uma geração

Atualmente com 28 anos, Luccas Salles relembra ter assistido “Titanic” pela primeira vez por volta dos seis, após o filme ser exibido na TV aberta. Com vagas lembranças da época devido a pouca idade, Luccas vasculha a memória e afirma ter ficado ansioso quando viu o anúncio da exibição na televisão. “Eu lembro que, quando saiu o comercial que ia passar, eu fiquei doido pra poder ver, ainda mais quando descobri que era baseado em um navio que existiu de verdade! Isso foi o que despertou o meu interesse para assistir o filme”, conta.

Após isso, foram incontáveis as vezes que o cearense assistiu “Titanic”: “Se eu for chutar, é pra lá de 100 vezes. Todo amigo que diz que não conhece, ou só viu uma vez, ou diz que não viu completo, eu coloco pra assistir junto comigo porque gosto de ver as reações das pessoas. ‘Será que vai gostar?’, ‘será se vai chorar?’, ‘será se vai se emocionar igual a mim?’, eu crio muita expectativa com as reações dos outros.”.

Com data definida para ser exibido novamente nas telonas, “Titanic” retorna às salas de cinema de todo o mundo no dia 9 de fevereiro deste ano, em versão 3D e promete fazer chorar pela 101ª vez, não apenas Luccas Salles, mas aqueles que se permitirem emocionar com o filme.

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