Shaman chega ao fim após divergências políticas com baterista

O anúncio do fim da banda Shaman foi divulgado nas redes sociais após o baterista fazer declarações homofóbicas e críticas a Lula em meio a terrorismo no DF

A banda brasileira de power metal Shaman anunciou nas redes sociais o fim das atividades do grupo. A decisão foi tomada após declarações críticas do baterista Ricardo Confessori ao presidente Lula (PT) em meio aos atos terroristas em Brasília no último domingo, 8. O músico também fez comentários homofóbicos depois de um seguidor discordar de sua opinião.

Confessori, ao compartilhar um vídeo em que Lula repudiava o terrorismo no Distrito Federal, chamou o político de “presidente fake”. Assim, o baterista foi criticado por internautas e chegou a manifestar ofensas homofóbicas a um deles, médico veterinário. O artista o chamou de “boiólogo” e “feministo não-binário”, além de afirmar que só havia entrado no curso por não ter conseguido ingressar em Medicina.

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Baterista do Shaman, Ricardo Confessori fez ofensas homofóbicas a internauta
Baterista do Shaman, Ricardo Confessori fez ofensas homofóbicas a internauta (Foto: Reprodução)

Diante disso, outros integrantes da banda se manifestaram contrários a Confessori, e o pronunciamento oficial do grupo informando o encerramento de atividades ocorreu na última quarta-feira, 11. “Após mais de 20 anos de Shaman, nós tomamos a decisão de encerrar as atividades da banda. Cada um sentiu que era a hora de dar oportunidade para coisas novas. No mais, nós só queremos agradecer todo carinho e amor de cada pessoa espalhada pelo mundo”, disse em nota.

Em vídeo publicado no Instagram, o baixista Luis Mariutti disse que era o momento de pensar em si e que o episódio com Ricardo serviu “para alertar para muitas coisas”. “Foram coisas muito sérias ali faladas e que hoje em dia não cabem mais. A gente, com nossa família e nossos filhos, são coisas que a gente não prega. Pelo contrário, está sempre ali fiscalizando para saber se as coisas realmente mudam. Então, esse episódio me fez ver que estou me sentindo muito fora do Shaman. Pensando em mim, na minha saúde mental e na saúde da minha família, eu resolvi deixar o Shaman”, pontuou.

O vocalista Alírio Netto também repudiou as falas de Confessori e agradeceu aos companheiros de banda pela jornada: “Estar nessa banda foi uma das grandes honras que eu tive nessa vida. Infelizmente, devido aos acontecimentos do dia de ontem, fica claro que não tem mais clima pra continuar. Repúdio a qualquer comentário homofóbico, machista, discurso de ódio e descabido de qualquer empatia! Gostaria de agradecer aos meus companheiros de banda pela confiança e por essa jornada incrível".

Esta foi a segunda vez em que o Shaman anunciou o encerramento de atividades. Em 2013, o grupo já havia finalizado as agendas, mas voltou a se reunir em 2018, quando ainda estava com André Mattos (1971 - 2019). A banda brasileira afirmou que irá cumprir compromissos já marcados na agenda. O conjunto lançou cinco álbuns, sendo o mais recente o disco “Rescue”, de 2022.

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