Antonia Fontenelle pode ter credenciamento negado para o Carnaval
Jorge Perligeiro, presidente da Liesa, afirmou ter a "obrigação de atender" à solicitação da Imperatriz Leopoldinense de barrar o credenciamento de Antonia Fontenelle no Carnaval 2023Após comentários depreciativos de Antonia Fontenelle sobre a escola de samba Imperatriz Leopoldinense, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) indicou que irá atender ao pedido da agremiação de não credenciar a youtuber para o Carnaval 2023, caso ela solicite.
Jorge Perligeiro, presidente da Liesa, afirmou ter a “obrigação de atender” à solicitação da Imperatriz Leopoldinense. "Recebi o e-mail da Cátia Drumond (presidente da agremiação), e eu, como presidente de uma instituição que representa 12 escolas de samba, tenho que atender a solicitação da co-irmã”, disse em entrevista ao portal G1.
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O titular da liga das escolas de samba indicou também que “não pode barrar” Antonia Fontenelle do Sambódromo. Assim, caso ela compre ingressos ou seja convidada para camarote, não será possível retirá-la do local. Entretanto, a atitude da youtuber não pode passar despercebida na visão de Perligeiro.
“Antonia não pode ter uma atitude deselegante com uma escola. Me dou com ela, mas, como presidente da Liesa, tenho obrigação de atender (ao pedido de Cátia Drumond)”, destacou.
O que houve entre a Liesa e Antonia Fontenelle?
No último domingo, 1º, a youtuber Antonia Fontenelle teceu críticas à roupa usada pela primeira-dama Janja Silva na posse do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na postagem feita em suas redes sociais, as críticas não se limitaram ao traje de Janja - um conjunto de pantalona, colete e blazer. A blogueira também fez comentários negativos sobre a escola de samba.
"Escola apática, nem fede, nem cheira. É a Imperatriz Leopoldinense. Nem é a velha guarda da Mangueira, da Mocidade ou da Grande Rio", disse.
Após Antonia comparar a roupa de Janja ao traje da velha-guarda da Imperatriz Leopoldinense, Cátia Drummond, presidente da escola de samba, enviou ofício para a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) pedindo que Fontenelle não fosse credenciada para qualquer finalidade ou função nas apresentações do Rio e convidou a primeira-dama para desfilar no Carnaval.
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Conheça a escola Imperatriz Leopoldinense
A escola de samba Imperatriz Leopoldinense, do Rio de Janeiro, foi fundada em 6 de março de 1959 pelo farmacêutico Amaury Jório juntamente a alguns sambistas da Zona da Leopoldina e remanescentes da extinta agremiação Recreio de Ramos. Seu nome faz referência à Estrada de Ferro Leopoldina - que cortava o bairro de Ramos - e que, por sua vez, recebeu esse nome em referência à Imperatriz Maria Leopoldina do Brasil.
A Imperatriz Leopoldinense é detentora de oito títulos de campeã do grupo principal do Carnaval carioca, conquistados em 1980, 1981, 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001. Sendo que em 1980, 1989 e 2001 foi campeã obtendo nota máxima em todos os quesitos. Desfilou pela primeira vez em 1960, com um enredo em homenagem à Academia Brasileira de Letras.
Porém, apenas em 1972 ganhou notoriedade, após fazer parte da novela "Bandeira 2", da Rede Globo. Naquele ano, apresentou o enredo "Martim Cererê", conquistando o 4.º lugar. O samba-enredo daquele ano foi o primeiro a ser incluído em uma trilha sonora de telenovela. Em 2012, outro samba da escola - "Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!" - do Carnaval de 1989, seria o primeiro samba-enredo utilizado como tema de abertura de uma telenovela. Nesse caso, na novela "Lado a lado".
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