Antonia Fontenelle critica Janja e gera crise com escola de samba

Em vídeo nas redes sociais, Antonia Fontenelle critica roupa de Janja e escola de samba Imperatriz Leopoldinense. Saiba a repercussão

No último domingo, 1º, a youtuber Antonia Fontenelle teceu críticas à roupa usada pela primeira-dama Janja Silva na posse do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na postagem feita em suas redes sociais, as críticas não se limitaram ao traje de Janja - um conjunto de pantalona, colete e blazer. A blogueira também fez comentários negativos sobre a escola de samba.

"Escola apática, nem fede, nem cheira. É a Imperatriz Leopoldinense. Nem é a velha guarda da Mangueira, da Mocidade ou da Grande Rio", disse.

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Após Antonia comparar a roupa de Janja ao traje da velha-guarda da Imperatriz Leopoldinense, Cátia Drummond, presidente da escola de samba, enviou ofício para a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) pedindo que Fontenelle não fosse credenciada para qualquer finalidade ou função nas apresentações do Rio e convidou a primeira-dama para desfilar no Carnaval.

"Após os ataques à primeira-dama do Brasil e à nossa agremiação, convidamos publicamente a querida @janjalula para desfilar como madrinha de nossa galeria da velha-guarda no Carnaval de 2023", afirmou a Escola pelas redes sociais.

A escola também aproveitou para ressaltar na nota que o comentário de Antonia atinge não somente a agremiação, como também a comunidade, os torcedores, e sobretudo o mundo do samba.

No domingo, Janja usava um look assinado pela estilista Helô Rocha. Segundo a pesquisadora e analista de moda Paula Acioli, a escolha "reafirma sua vontade de inovar e sua preferência por grifes e temas nacionais”.

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Conheça a escola Imperatriz Leopoldinense

A escola de samba Imperatriz Leopoldinense, do Rio de Janeiro, foi fundada em 6 de março de 1959 pelo farmacêutico Amaury Jório juntamente a alguns sambistas da Zona da Leopoldina e remanescentes da extinta agremiação Recreio de Ramos. Seu nome faz referência à Estrada de Ferro Leopoldina - que cortava o bairro de Ramos - e que, por sua vez, recebeu esse nome em referência à Imperatriz Maria Leopoldina do Brasil.

A Imperatriz Leopoldinense é detentora de oito títulos de campeã do grupo principal do Carnaval carioca, conquistados em 1980, 1981, 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001. Sendo que em 1980, 1989 e 2001 foi campeã obtendo nota máxima em todos os quesitos. Desfilou pela primeira vez em 1960, com um enredo em homenagem à Academia Brasileira de Letras.

Porém, apenas em 1972 ganhou notoriedade, após fazer parte da novela "Bandeira 2", da Rede Globo. Naquele ano, apresentou o enredo "Martim Cererê", conquistando o 4.º lugar. O samba-enredo daquele ano foi o primeiro a ser incluído em uma trilha sonora de telenovela. Em 2012, outro samba da escola - "Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!" - do Carnaval de 1989, seria o primeiro samba-enredo utilizado como tema de abertura de uma telenovela. Nesse caso, na novela "Lado a lado".

Após a polêmica, outras agremiações prestaram apoio à Imperatriz Leopoldinense. A Unidos da Tijuca publicou um comunicado oficial em seu Instagram. "Detentora de oito títulos do Carnaval carioca, a Imperatriz Leopoldinense é um dos pilares do movimento cultural que move o Rio de Janeiro e todo o mundo. Queríamos deixar nosso apoio e afirmar que estamos juntas na luta por respeito pelo nosso movimento. Contem com a nossa agremiação".

Posteriormente, a Unidos de Vila Isabel prestou apoio pelo Twitter: “Toda a solidariedade do Povo do Samba à irmã @oficialgresil.”

O carnavalesco Leandro Vieira também se pronunciou em seu perfil pessoal, chamou Janja a participar do desfile e afirmou querer próximo somente "quem sabe da grandeza e respeita" as tradições.

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