Príncipe Harry acerta contas com irmão no final de documentário
Os três primeiros episódios da série "Harry & Meghan" totalizaram 81,55 milhões de horas de exibição, o maior número de um documentário em sua primeira semana de lançamento
16:09 | Dez. 15, 2022
Essa é a história das desavenças entre dois irmãos, os príncipes mais famosos do mundo. Na segunda parte de seu documentário na Netflix, Harry acusa William de reagir com raiva à sua decisão de deixar a monarquia britânica.
A plataforma liberou, nesta quinta-feira, 15, os três últimos episódios da série documental "Harry & Meghan", cujo casal fornece sua versão sobre o chocante rompimento com a família real em 2020.
Nos novos episódios, Harry aponta especialmente para seu irmão mais velho, o herdeiro do trono, de quem parecia ser muito próximo até 2018, data de seu casamento com a atriz americana Meghan Markle.
Parece, no entanto, que os dois irmãos não se falam desde que os duques de Sussex foram viver na Califórnia.
O príncipe mais novo, de 38 anos, mergulha na intimidade da família, ao relatar a reunião realizada em janeiro de 2020 sobre seus planos de se mudar para o exterior com Meghan.
Ele conta que o casal propôs, à época, estar "metade dentro, metade fora" da família real. Enquanto se sustentava, pretendia trabalhar para sua avó, a rainha Elizabeth II. "Foi assustador ver meu irmão gritando comigo, berrando, e meu pai (agora rei Charles III), dizendo coisas que não eram verdadeiras, e minha avó sentada em silêncio, vendo tudo", descreve Harry.
"Interpretação errada"
Harry põe o dedo na ferida e acusa o entorno de William pela cobertura negativa na imprensa. O príncipe afirma que o casal foi vítima da imprensa por terem "roubado protagonismo" de outros membros da família real.
"O problema é, quando alguém que deveria ser um ator coadjuvante se casa, rouba o foco e faz o trabalho melhor do que a pessoa que nasceu para isso", diz sobre William e sua cunhada, Catherine.
O príncipe Harry também fala sobre seu retorno ao Reino Unido para o funeral de seu avô Philip, marido de Elizabeth II, em abril de 2021. Foi "difícil", afirma, "especialmente as discussões com meu irmão e meu pai, que estavam muito focados na mesma interpretação errada da situação".
"Tive que aceitar o fato de que, provavelmente, nunca receberemos uma desculpa adequada. Minha esposa e eu estamos seguindo em frente. Estamos focando no depois", contou Harry.
Nos três primeiros episódios, lançados uma semana atrás, os duques de Sussex atacaram a imprensa britânica sensacionalista, em especial, por seu tratamento em relação à ex-atriz americana.
Agora, no último episódio, Harry acusa o jornal britânico Daily Mail de provocar o aborto de Meghan, após vazar uma carta que ela havia escrito endereçada a seu pai, com quem tem uma relação tensa.
Estes novos episódios são um novo ataque à realeza, três meses após a morte de Elizabeth II e da chegada de Charles III ao trono, um período crucial para a coroa britânica.
Sem resposta de Buckingham
Até o momento, o palácio não fez comentários sobre o conteúdo do documentário. Charles III, a rainha Camilla, William e sua esposa, Catherine, participam juntos do concerto real de Natal na Abadia de Westminster, nesta quinta-feira. O evento, que será exibido na televisão durante as festas de fim de ano.
E, na terça-feira, 13, a assessoria de imprensa de Catherine e William publicou uma foto do casal queridinho dos tabloides britânicos, vestindo jeans, sorrindo e relaxados, enquanto caminhavam com seus filhos pela propriedade real de Sandringham.
Os três primeiros episódios da série produzida pela Netflix totalizaram 81,55 milhões de horas de exibição, o maior número de um documentário em sua primeira semana de lançamento, segundo a plataforma de streaming.
No Reino Unido, porém, a popularidade de Harry e Meghan voltou a cair pouco antes do lançamento do documentário, apesar de já serem os membros da realeza mais impopulares depois do príncipe Andrew, envolvido em um escândalo sexual nos últimos anos.
Após os primeiros episódios, a imprensa britânica acusou-os de "indecência" e de "atacar o legado da rainha" Elizabeth II, em particular ao criticar a Commonwealth, à qual ela demonstrou grande apego durante seus 70 anos de reinado.
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