Conheça André Porciúncula, PM nomeado secretário de cultura de Bolsonaro

Defensor de armamento para civis, gestão de Porciúncula terá duração de 24 dias

A pouco menos de um mês do fim do governo de Jair Bolsonaro (PL), o presidente nomeou o policial militar  André Porciúncula para comandar a Secretaria Especial de Cultura. Ele substitui o então secretário Hélio Ferraz na pasta, conforme anúncio feito na manhã desta quarta-feira, 7.

André Porciúncula atuou como secretario adjunto de Cultura na gestão de Mario Frias, e voltou para a Secretaria após não ter alcançado vaga para a Câmara dos Deputados nas eleições deste ano. Correligionário de Jair Bolsonaro (PL), disputou a vaga de deputado federal pelo partido, mas não foi eleito e terminou como suplente.

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Polêmicas e defesa do armamento de civis

Segundo a jornalista Mônica Bergamo, André Porciúncula gastou mais de R$20 mil durante viagem oficial para Nova York pela Secretaria Especial de Cultura no início deste ano.

Entre suas bandeiras, está a propaganda pró armas. Em março, chegou a sugerir que recursos da Lei Rouanet - principal lei de incentivo e fomento às artes do País - fosse utilizada para propaganda armamentista. O valor destinado seria próximo a R$1,2 bilhão. Chegou a justificar a afirmação, se tratando de “trazer a pauta” para dentro de um “discurso de imaginário”.

 

“R$1,2 bilhão estamos lançando agora de linha audiovisual. Que vocês podem usar para fazer documentário, filmes, webseries, podcasts. Para quê? Para trazer a pauta do armamento dentro de um discurso de imaginário. Trazer filmes sobre o armamento, da importância do armamento para a civilização, a importância do armamento para garantir a liberdade humana”, defendeu na ocasião.

Mario Frias ao lado de Eduardo Bolsonaro e André Porciuncula
Mario Frias ao lado de Eduardo Bolsonaro e André Porciuncula (Foto: Reprodução / Isto É)

Ele entra para o rol de ocupantes do comando da pasta no governo Bolsonaro, ao lado de nomes como Henrique Pires, José Paulo Martins, Ricardo Braga, Roberto Alvim, José Paulo Martins, Regina Duarte, Mário Frias e antecessor Hélio Ferraz. A gestão de Porciúncula terá duração de 24 dias. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já anunciou a volta do Ministério da Cultura e revelou ter um nome para a pasta.

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