Paixão nacional: Novelas mantém o sucesso na TV e no streaming

Presentes na TV e nos serviços de streaming, as novelas integram o cotidiano da maioria dos brasileiros

Na última segunda-feira, 28, a novela “Bambolê”, de 1987, estreou no Canal Viva, sendo reprisada pela primeira vez na televisão. O canal por assinatura pertence ao Grupo Globo e é conhecido por reprisar telenovelas que já integraram a programação do canal aberto do grupo, revivendo histórias que fizeram parte do cotidiano brasileiro.

O sucesso de algumas produções chegou a ser tanto que apenas a reexibição no canal fechado ou no conhecido “Vale A Pena Ver de Novo” não foi o suficiente, originando, assim, novas versões de narrativas já conhecidas pelos telespectadores. Um exemplo disso foi “Pantanal”, com a primeira versão indo ao ar em 1990 e outra lançada este ano.

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Além disso, o crescimento dos serviços de streaming também ampliou a presença das telenovelas no país. Na Netflix, por exemplo, é comum ver novelas infantis, como “Carinha de Anjo” e “Chiquititas”, produções do SBT, fazendo parte do Top 10 das séries mais assistidas pelo público na plataforma de streaming.

O Globoplay também firmou o seu lugar nesse setor. Além de séries e filmes, o serviço de streaming disponibiliza diversas novelas, originais da Rede Globo e internacionais, possibilitando não só relembrar velhas tramas, como também assistir a algum capítulo perdido das novelas atuais.

O fato é que há anos os folhetins são parte do cotidiano brasileiro, de forma que até as histórias pessoais dos telespectadores se entrelaçam com as das tramas que assistem. Pensando nisso, o Vida&Arte conversou com três amantes de telenovelas de diferentes idades, a fim de entender como elas fazem parte de suas vidas.

David Andrade, 24 anos

David conta que uma de suas primeiras lembranças televisivas é a "novela da Sandy”. Estrelada pelos irmãos Sandy e Júnior, “Estrela-Guia” marcou a década de 2000, mas o jovem vê esta apenas como uma memória distante da infância.

“A que eu considero a primeira que vi, do início ao fim, foi ‘Lado a Lado’, de 2012. Novela aqui em casa é meio que um esquema de pirâmide em família, meus pais sempre assistiram a novelas, então foi um costume que passou para mim.”, conta o estudante que como novela preferida “A Favorita”, de 2008.

Sendo assim, as telenovelas aparecem não só como parte do cotidiano de cada brasileiro, mas também como um programa em família. Para David, “Tieta” foi responsável por marcar isso. Após o lançamento da trama no Globoplay, no início da pandemia de Covid-19, o estudante e seu pai aproveitaram o tempo em casa para assistirem juntos.

Com a facilidade do acesso aos streamings, ele consegue rever suas histórias favoritas e acompanhá-las como pode: “o bom é que a gente faz a própria rotina, assisto quando consigo”. Na TV aberta, a última a qual assistiu foi “Pantanal”, mas está acompanhando “Alma Gêmea”, de 2005, no Globoplay.

Lili Linhares, 59 anos

“Comecei a acompanhar as novelas ainda na adolescência e tornou-se um vício. Era a nossa diversão!”, declara Lili, que sempre teve as novelas como entretenimento.

Conhecendo o assunto há anos, comentou sobre a nova versão de “Pantanal”, lançada no início de 2022. “Gostei da escolha dos atores antigos como homenagem, pela importância e por trazer a memória das cenas da primeira versão. Foi épico! Mas acho que não pegaria bem se essas regravações se tornarem corriqueiras”, opina.

Para ela, as novelas que mais marcaram foram “Roque Santeiro” e “Tieta”. Sobre a última, Lili defende que os namoros e amores narrados foram muito marcantes e admira a beleza da trilha sonora.

Rosa Maria Sampaio, 75 anos

Rosa Maria defende que acompanhou novelas até quando as do canal Globo eram “boas”. Para ela, as novelas ficaram ruins a partir do momento em que o número de cenas  contendo nudez e violência aumentaram. Contudo, a adesão às plataformas de streaming, como o Globoplay, tornou possível para Rosa Maria voltar a se entreter com algo que  tanto gosta.

Dentre tantas novelas que ama, como “Caminho das Índias" e “A Viagem”, uma das que mais a marcaram foi “Páginas da Vida”, de 2006. Trama de Manoel Carlos que apresenta a história de Clarinha, uma criança com síndrome de Down. “Eu trabalhei a minha vida inteira com educação especial, com cegos, pessoas com síndrome de Down… então acompanhar essa novela foi muito importante para mim.”, lembra.

Sobre tal importância, ela defende que as novelas tornam-se marcantes por estarem ligadas ao cotidiano do público. “Elas deixam uma tatuagem na gente”, declara Rosa.

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