Empreendedoras cearenses transformam hobbies em negócios

Em homenagem ao Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, o Vida&Arte conversou com quatro mulheres empreendedoras sobre os desafios e motivações que as cercam

Dificuldades financeiras, amor pela arte ou feedbacks inesperados e positivos. Vários são os motivos que levam mulheres mundo afora a criarem um empreendimento, e no Ceará isso não é diferente. A cada dia, mais mulheres se tornam donas do próprio negócio, muitas vezes inclusive transformando seus hobbies em uma profissão.

Hoje, dia 19 de novembro, é comemorado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, data escolhida em 2014 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o intuito de dar destaque à liderança feminina e maior visibilidade às mulheres presentes no âmbito empresarial.

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Pensando nisso, o Vida&Arte reuniu mulheres donas de quatro empreendimentos da cena cearense para falar sobre os desafios da profissão em que atuam e o que as inspira a continuar. Apesar de trabalharem com diferentes produtos, as empreendedoras entrevistadas têm algo em comum: o amor pelo que fazem.

Mes Petit (@messpetits)

Com base nas ideias apresentadas pelos clientes, Lana Oliveira se dedica há quase 4 anos a fazer colecionáveis de personagens e famosos a partir da modelagem em biscuit. O empreendimento nasceu em 2019, quando a artesã precisava de dinheiro para arcar com os custos de viver em outra cidade, e o que começou como uma forma de se manter financeiramente se transformou em um local de pertencimento para Lana.

“Meu desafio quando iniciei no empreendedorismo foi saber conciliar as diversas funções. Não bastava ser só artesã, precisava entender de finanças, administração e marketing, então no começo eu precisei estudar muito esses temas para conseguir transformar o ateliê em um negócio rentável”, relembra a empreendedora.

Apesar dos percalços do caminho, hoje ela consegue ter a arte como única fonte de renda, sendo motivada principalmente pelo amor à profissão e aos clientes que tem. “Ser artesã é bem cansativo e, por vezes, solitário, mas nada é mais prazeroso para mim do que finalizar uma peça, enviar para meu cliente e receber uma mensagem agradecendo. É puro afeto, puro carinho, e me mantém forte para seguir na carreira”, conta.

Arte da Lívia (@artedalivia)

Transformando o hobby em profissão, Lívia Mendes trabalha com lettering, produtos personalizados a mão e arte em murais. O que começou em 2018 como uma forma de presentear alguns amigos tornou-se, em 2020, a empresa da artista, após receber algo que a motiva até hoje: bons feedbacks.

No início da carreira, o maior desafio enfrentado por Lívia foi a falta de conhecimento a respeito do cotidiano de se ter um negócio. Encontrar bons fornecedores, aprender a conquistar o cliente e ter que pensar constantemente em novas ideias não facilitou o caminho da empreendedora, mas isso não a fez desistir. “Estamos indo bem. Estou empolgada e preparada para o natal, que já está chegando e é sempre um sucesso de vendas”, comemora.

Além das expectativas para o período natalino, a artista também tem esperança de alcançar novos patamares no novo ano que se aproxima. “A meta para o ano de 2023 é chegar em cantos que ainda não tive a oportunidade de chegar, fechar grandes negócios e, quem sabe, viajar pelo Brasil levando o meu trabalho”, conta.

Coisas da Vovó (@amocoisasdavovo)

Mostrando que a união faz a força, a loja de produtos artesanais em cimento tem quatro bases firmes que a mantêm em pleno funcionamento: July Andrew (responsável pelas pinturas personalizadas), sua melhor amiga Carol Oliveira (responsável pelo marketing), sua mãe Lana Sousa e sua avó Maria Socorro (as quatro mãos por trás das peças fabricadas).

Em meio à pandemia de Covid-19, o hobby de Maria e Lana virou profissão. “Não tínhamos o intuito de vender, mas quando começamos a postar os produtos no Instagram, as pessoas perguntaram os preços, e resolvemos ir vendendo à medida em que iam pedindo. Tudo tomou uma proporção tão grande que quando vimos já estávamos engajadas em fazer a loja acontecer”, explica July.

No início da loja, as vendas eram mais recorrentes, tendo em vista que os produtos eram novidade no mercado e muitas pessoas estavam em casa, o que não aconteceu em 2022; todavia, algo ainda motiva a família a continuar com o empreendimento. “O que me inspira principalmente é ver minha avó e minha mãe podendo trabalhar em casa e fazendo o que gostam, levando arte e beleza para a casa de cada cliente e por um preço acessível”, contou a entrevistada.

Karen Medeiros (@karenlaisb)

Formada em jornalismo, foi ao cursar duas disciplinas de fotografia que Karen Medeiros encontrou o que amava fazer. “Eu sempre soube que queria trabalhar com algo próprio meu e na fotografia tive essa oportunidade”, comenta.

Porém, um desafio ainda a perturba: o machismo existente em uma profissão amplamente dominada por homens. “O meu namorado às vezes fotografa comigo, e tem situações em que as pessoas nem dirigem a palavra a mim, somente a ele, sendo que eu sou a fotógrafa e percebo que esse tratamento é somente pelo fato de eu ser mulher. Isso já aconteceu até com colegas de profissão, que procuram ele para tirar dúvidas em vez de mim”, exemplifica a fotógrafa.

Contudo, o amor envolvido na profissão ainda é o que move Karen. “Ver o olhar de gratidão das pessoas para mim por ter registrado cada momento de um dia importante é algo único, inexplicável. Muitas vezes já fui trabalhar doente por não poder faltar, não posso parar, mas sempre que eu começava a fotografar esquecia da dor”. Atualmente, o principal foco da fotógrafa são os casamentos.

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