Centenário de Aldemir Martins e do rádio no Brasil são celebrados na Bienal
O POVO incorporou as datas comemorativas à programação da Bienal do Livro dessa sexta-feira no Centro de Eventos do CearáA Bienal Internacional do Livro do Ceará recebeu uma programação na sexta-feira, 18, em memória dos 100 anos de Aldemir Martins, tema do Anuário do Ceará 2022-2023, e dos 100 anos do rádio no Brasil. As homenagens foram apresentadas por O POVO, que segue com novas atrações culturais na feira até amanhã, 20, quando encerra a feira, no Centro de Eventos do Ceará.
O jornalista, diretor das rádios O POVO CBN e CBN Cariri, e editor do Anuário do Ceará, Jocélio Leal, foi o mediador do primeiro diálogo sobre o artista cearense. Jocélio destacou o aspecto artístico do anuário com capa, design gráfico e um capítulo especial dedicado a Aldemir.
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Jornalista e redatora da produção biográfica do artista, Bruna Forte falou sobre a vida e a obra do homenageado. Além dela, participou da entrevista a pesquisadora e historiadora Eliene Magalhães, que também fez importantes apontamentos sobre o legado de Aldemir Martin no Nordeste e no Brasil.
"Enquanto preparava o material para o capítulo especial, o que mais me moveu foi a generosidade do Aldemir", diz Bruna. A jornalista também admira o quão aberto ele foi ao olhar para a arte. "Ele se consagrou em vida", e anos depois, no 100º aniversário, é lembrado.
"Foi um artista que se atualizou muito e o anuário é essa atualização também; sobre o que é ser cearense, do Brasil", aproxima a pesquisadora Eliene Magalhães.
Conforme Eliene, Aldemir Martins é, como ele traduziu, "essa decantação da cultura cearense". "Tem uma coisa regional, mas também é muito universal". Ele tinha a experimentação e a sensibilidade laboradas juntas. "O Aldemir foi um artista múltiplo".
"Foi uma experiência de como se viver de arte", completou Bruna.
100 anos do rádio no Brasil
O centenário do rádio no Brasil também tive espaço nesta sexta-feira como parte da Bienal do Livro. A data foi comemorada com uma atividade promovida por O POVO. O encontro contou com a presença de Jocélio Leal, jornalista, diretor das rádios O POVO CBN e CBN Cariri e editor do Anuário do Ceará. Também participaram da discussão o jornalista do O POVO Carlos Viana e a jornalista, professora universitária, pesquisadora de radiojornalismo e médica Erotilde Honório. A jornalista do O POVO, Daniela Nogueira, foi a responsável pela mediação.
Para o diretor das rádios O POVO CBN e CBN Cariri, Jocélio Leal, fazer rádio no tempo em que a internet permeia outras mídias requer que você o respeite. "Respeitar o rádio é lembrar que ele não deixa de ser rádio", explica.
O rádio tem uma identidade muito própria, como é possível ver em outros meios, como a descrição de uma cena para a TV. Os grandes desafios, por outro lado, são "manter a proximidade com o ouvinte, não ficar preso ao roteiro e fazer jornalismo, apurar bem". "O básico sempre valioso e importante", aponta Jocélio.
Na opinião da pesquisadora apaixonada pelo rádio Erotilde Honório, "é o desafio da comunicação, que é manter a interatividade". "O rádio está em todas as plataformas, mas a grande característica dele é o áudio", lembra como principal diferencial, além da característica de estar perto do ouvinte. "O rádio é amigável, faz-nos companhia, compõe o nosso dia a dia", comentou.
"Graças ao rádio, somos um país muito mais integrado", diz o jornalista Carlos Viana. Para ele também é importante considerar a influência de outros meios. "O rádio não morreu, pelo contrário. Ficou ainda mais forte com o poder da internet e dos dispositivos móveis", afirmou o jornalista, que também é pesquisador de radiojornalismo, além de âncora de um quadro na Rádio O POVO CBN sobre acessibilidade.
A programação da Bienal é gratuita e segue até amanhã, dia 20, no Centro de Eventos do Ceará. O tema desta edição é “Diversidade: de toda gente para todo o mundo”. A Bienal é uma realização da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult-CE), em parceria com o Instituto Dragão do Mar.
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