Lula pretende recriar Ministério da Cultura e diz já ter ministro em mente
Ex-presidente defendeu a importância da cultura, criação de comitês nas capitais brasileiras e elogiou leis como Aldir Blanc e Paulo Gustavo
A uma semana do segundo turno das eleições, o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a recriação do Ministério da Cultura - transformado em Secretaria Especial em 2019 pelo atual governo de Jair Messias Bolsonaro (PL). Lula defendeu a importância da indústria cultural e afirmou já ter em mente um nome para assumir a pasta, deixando em aberto se seria um ministro ou ministra. As afirmações aconteceram na noite deste domingo, 23, durante entrevista ao canal “Desce a Letra Show”.
“Já tenho em mente até quem vai ser o ministro ou ministra da Cultura. Mas não posso falar porque não posso ficar anunciando o time, porque o adversário está vendo”, afirmou o petista.
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A fala veio após pergunta da atriz Sophia Abrahão, que relembrou as leis Paulo Gustavo, de autoria do senador Paulo Rocha (PT) e Aldir Blanc, proposta pela deputada Benedita da Silva (PT), destinadas à manutenção do setor cultural durante a pandemia de Covid-19.
“A gente tá vendo o setor cultural sendo extremamente atacado nos últimos tempos, o que para mim é uma grande maluquice, porque é um setor que gera centenas de milhares de empregos para o nosso País”, opinou a atriz. “O que você diria para esses trabalhadores que estão sendo tão negligenciados e mais do que isso estão sendo marginalizados, eles vão poder contar com seu apoio?”, perguntou a artista.
“Nós não só vamos recriar o Ministério da Cultura, como eu tenho dito que nós vamos criar uma espécie de comitê de cultura em cada capital desse país”, defendeu o petista. Lula ainda disse que o objetivo dos comitês é “universalizar” e explorar a capacidade cultural do País. “Em cada região pobre tem cultura extraordinária, tem gente que produz cultura”, disse o ex-presidente.
Tendo como mote a pergunta de Sophia Abrahão, Lula ressaltou a cadeia produtiva da cultura, dos artistas aos demais trabalhadores envolvidos, além de defender o financiamento público às produções.
“Eu estou convencido que o Brasil precisa fazer da cultura uma indústria de produzir empregos e gerar milhões de reais para dividir entre quem produz cultura nesse País e o governo tem que incentivar sim, as empresas públicas têm que financiar. Como você vai fazer um bom filme se você não tiver financiamento?”, sustentou o candidato.
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