32º Cine Ceará: curtas de Alagoas e Minas Gerais vencem Troféu Samburá
A cerimônia de encerramento do festival de cinema aconteceu na última quinta, 13, premiando dois filmes com o Troféu Samburá, entregue anualmente pelo O POVONa última quinta-feira, 13 de outubro, aconteceu o encerramento do 32º Cine Ceará - Festival Ibero-Americano de Cinema. A cerimônia ocorreu no Cineteatro São Luiz, onde Clóvis Holanda, editor do Vida&Arte, entregou o Troféu Samburá de "Melhor Direção" e "Melhor Filme". O prêmio é outorgado anualmente no evento pelo O POVO.
"Camaco", de Breno Alvarenga, recebeu o prêmio de Melhor Direção, "por retratar uma luta de classes que se dá pela linguagem a partir de escolhas inventivas da própria linguagem do cinema". Já o Troféu Samburá de Melhor Filme foi entregue para “Infantaria”, de Laís Santos Araújo, "pelo trabalho de fronteira entre o lúdico e a crueza, o fantástico e o real, a infância e a vida adulta".
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Idealizado na década de 1980, o Samburá voltou a ser entregue por iniciativa do Vida&Arte e da Fundação Demócrito Rocha (FDR) em 2017. Atualmente, o júri é presidido por João Gabriel Tréz, repórter e crítico de cinema do O POVO e membro da Associação Cearense de Críticos de Cinema (Aceccine).
Além de Tréz, fizeram parte do júri desta edição o editor-chefe de Cidades do O POVO André Bloc, a pesquisadora e diretora de criação do O POVO Luana Sampaio, a jornalista e pesquisadora Bruna Forte e a jornalista e artista Luiza Ester.
Nessa edição, dez produções de diferentes estados brasileiros concorreram ao prêmio, sendo três de Minas Gerais, duas de Pernambuco, uma de Alagoas, uma da Bahia, uma do Amazonas, uma do Rio de Janeiro e uma do Ceará. "Camaco" representou Minas Gerais e "Infantaria" o estado de Alagoas.
Sobre o Troféu Samburá:
Sobre a importância da continuidade de entrega do prêmio, João afirma: "Enquanto um prêmio histórico do Cine Ceará, criado por nomes importantes do jornalismo cultural cearense, o Samburá ter sido não somente retomado, mas também se consolidado como um troféu importante do evento, demarca a constante caminhada conjunta entre o Vida&Arte, o O POVO e a cultura do nosso Estado e do nosso País. Poder estar à frente desse prêmio-referência é uma alegria e uma afirmação dessa vocação que levo pessoalmente comigo também".
Coordenador do Samburá por 23 anos (de 1985 a 2008), o jornalista e crítico de cinema Frederico Fontenele acredita que as principais diferenças das produções audiovisuais da época em que era coordenador para as realizadas atualmente são estéticas e tecnológicas, pois haveria maior quantidade de recursos tecnológicos para as produções. "O Samburá deu contribuição exponencial ao cinema brasileiro", avalia.
Desde o retorno do Samburá, dez curtas-metragens foram premiados. Em 2021, "Sideral", de Carlos Segundo, foi agraciado como Melhor Filme, enquanto que Júlia Fávero e Victoria Negreiros levaram o prêmio de Melhor Direção pela obra "Como Respirar Fora D'Água".
Com informações do repórter Miguel Araújo
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