"Pedro, que horas são?" une teatro e palhaçaria para falar de saúde mental

Em Fortaleza, peça tem apresentações marcadas para os dias 14, 15, 16, 21 e 28 de setembro em diferentes equipamentos culturais

14:01 | Set. 14, 2022

Por: Giselly Correa Barata
Espetáculo cearense "Pedro, que horas são?" aborda vida frenética e saúde mental (foto: Victor Augusto/Divulgação)

“Será que é preciso correr tanto assim? Eu não posso tirar um tempo pra mim? A que expectativas estou atendendo?”, são perguntas norteadoras no espetáculo "Pedro, que horas são?", do Coletivo Paralelo, de Maracanaú (CE). A peça, que trata de saúde mental diante da rotina frenética, é um convite para o público refletir enquanto se diverte. As apresentações em Fortaleza acontecem nos dias 14, 15, 16, 21 e 28 deste mês.

No roteiro, o personagem Pedro lida com sucessivas desgraças e fracassos da vida pessoal e profissional. Os infortúnios levam o público a ter pena e a rir do protagonista, que sem saber sofre de uma doença mental fictícia chamada “Mal de Pallal”.

“A saúde mental é tocada na peça a partir do Mal de Pallal e nesse sentido muita gente se identifica com o tempo, expectativa e correria, de se sentir cobrado pelos pais, pelo chefe e por si mesmo. De não se sentir suficiente”, explica o ator e palhaço Neto Holanda.

Na peça, a doença atinge pessoas de 20 a 25 anos e se espalha rapidamente na população jovem. Com ela, a mente e o corpo de Pedro são atingidos, que não consegue se organizar no tempo e fica sem coordenação motora.

Desde 2015, quando estreou, "Pedro, que horas são?" tem atraído diferentes públicos. “A ideia é que a gente possa se tocar onde anda nosso estilo e qualidade de vida, para que se tocando a gente possa mudar isso”, diz Neto, sobre a relação da dramaturgia com a sociedade contemporânea. "A gente escolheu o caminho da palhaçaria para tratar de algo que, por outros caminhos, fosse mais doloroso tratar", completa.

 

Espetáculo “Pedro, que horas são?”, do Coletivo Paralelo

Quando: 14, 21 e 28/09, às 19h30min
Onde: Teatro Dragão do Mar (r. Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema)
Quanto: R$10 (inteira) e R$5 (meia), à venda na bilheteria do Teatro Dragão do Mar

Quando: quinta, 15, às 19 horas
Onde: Porto Dragão (Rua Bóris, 90 - Centro)
Gratuito

Quando: sexta, 16, às 19 horas
Onde: Centro Cultural Banco do Nordeste (R. Conde d'Eu, 560 - Centro)
Gratuito

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