Menino Miguel é homenageado em show do Racionais MC's e mãe reage
Grupo Racionais MC's fez show memorável no Rock in Rio 2022 neste sábado (3), transmitindo mensagens contra o racismoO grupo Racionais MC's fez um show memorável no Rock in Rio 2022 neste sábado, 3, em noite marcada pelo rap no festival. Fazendo valer a sua trajetória de 30 anos, os paulistas transmitiram diversas mensagens de cunho social, sobretudo contra o racismo.
Durante a música "Negro Drama", o Racionais homenageou pessoas negras mortas em consequência do racismo. Foi quando o menino Miguel, morto aos cinco anos de idade em 2020, apareceu no telão.
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Miguel Otávio Santana da Silva era filho da empregada doméstica Mirtes Renata Santana de Souza e caiu do nono andar do prédio em que a mãe trabalhava, no Recife. Na ocasião da queda, a criança estava sob os cuidados da patroa de Mirtes, Sari Mariana Costa Gaspar Côrte Real, esposa do prefeito Sérgio Hacker, de Tamandaré
Mirtes reagiu à homenagem no Twitter: "Estou muito emocionada, vi a foto do meu filho no telão do @rockinrio ao som de @RACIONAISCN", escreveu. O post gerou comoção nas redes, trazendo de volta a tag #justiçapormiguel.
Estou muito emocionada, vi a foto do meu filho no telão do @rockinrio ao som de @RACIONAISCN .#justiçapormiguel
— Mirtes Renata (@mirtes_renata) September 4, 2022
Sem justiça não haverá paz, forte abraço da parte do Racionais dona Mirtes #JustiçaPorMiguel
Imagens de Marielle Franco, Agatha, Moïse, Moa do Katendê, João Pedro, Cláudia, Kathlen, Durval e outros brasileiros mortos apareceram no telão durante o show de Racionais.
No final da música "Negro Drama", o público fez um coro contra o presidente Jair Bolsonaro. "Jesus chorou" e as duas "Vida loka" também foram cantadas do início ao fim pela plateia.
Caso Miguel
Após diversos trâmites judiciais, Sarí Corte Real está recorrendo em liberdade da sentença que a condenou a oito anos e seis meses de prisão, em maio deste ano. Na semana passada, a Justiça negou o pedido de prisão preventiva e de recolhimento dos passaportes dela, como foi proposto pelos advogados da mãe de Miguel.
Já a audiência de instrução do processo cível sobre o pedido de indenização por danos morais e materiais do Caso Miguel chegou ao fim sem acordo, na última terça-feira (2). A ação foi ajuizada pelos pais e avó materna da criança de 5 anos que morreu ao cair de um prédio de luxo no Recife, em junho de 2020. As informações são de Raphael Guerra, da coluna Ronda JC. (Emannuel Bento/ Jornal do Commercio)
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