110 anos de Jorge Amado: relembre obras que inspiraram filmes
O baiano morreu em 6 de agosto de 2001, aos 88, deixando um vasto legado literário escrito ao longo das décadas e que, muitas vezes, chegou ao cinema e à televisão por adaptaçõesJorge Amado, considerado um dos maiores escritores brasileiros, nasceu em 10 de agosto de 1912, há 110 anos. O baiano morreu em 6 de agosto de 2001, aos 88, deixando um vasto legado literário escrito ao longo das décadas e que, muitas vezes, chegou ao cinema e à televisão por adaptações. Relembre algumas abaixo.
Capitães da Areia
Escrito em 1937, o livro é considerado um dos maiores clássicos do escritor. Acompanha a rotina de um grupo de jovens que vivem nas ruas de Salvador no começo do século 20, muitas vezes praticando crimes. Em dezembro de 1989, a Band exibiu uma minissérie de 10 capítulos baseada no livro.
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Cheio de atores mirins à época, foi um dos primeiros trabalhos na TV feitos por André Gonçalves. O elenco trazia ainda Tonico Pereira, Jacyra Silva, José Steimberg e Orã Figueiredo. Na abertura, a trilha sonora ficava por conta de Cidade Maldita, ainda nos primórdios do rap nacional, cantada por MC Jack.
Para quem busca melhor qualidade visual, décadas depois, em 2011, o grupo de malandros rendeu um longa dirigido por Cecília Amado, neta do autor, e Guy Gonçalves, com trilha sonora pensada por Carlinhos Brown.
Há ainda uma adaptação menos conhecida, de 1969, feita pelo cineasta estadunidense Hal Bartlett, na Bahia. Intitulada The Wilds Pack, foi proibida pela censura militar por aqui, mas recebeu um prêmio na União Soviética.
Dona Flor e Seus Dois Maridos
Marco na história do cinema nacional, foi a maior bilheteria do cinema brasileiro (mais de 10 milhões de ingressos vendidos) entre seu lançamento, em 1976, e a estreia de Tropa de Elite, em 2010. Sônia Braga vive a protagonista Flor, que divide seu amor pelo apostador Vadinho (José Wilker) e o músico Teodoro (Mauro Mendonça), os dois homens com quem foi casada.
Assim como ocorreu em Gabriela, Juliana Paes "substituiu" a personagem deixada por Sonia Braga na versão mais recente do filme, de 2017. Seus maridos, desta vez, são Marcelo Faria (Vadinho) e Leandro Hassum (Mauro Mendonça).
Quincas Berro d'Água
"Minha vida de morto é mais animada que a de muito vivo por aí". Essa é uma das frases que sintetiza o espírito do filme baseado em A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água (1962). Funcionário público, Joaquim Soares da Cunha troca a estabilidade por uma vida de farra e bebedeiras, até morrer. Alguns de seus amigos, porém, não 'aceitam' a morte e rendem animadas e bem-humoradas cenas.
É uma boa oportunidade de relembrar o trabalho do ator Paulo José, cuja morte, de 11 de agosto de 2021, completa um ano nesta semana. O elenco ainda traz Mariana Ximenes, Marieta Severo, Vladimir Brichta, Luis Miranda e Othon Bastos, Érico Brás, Irandhir Santos, entre outros.
Gabriela, Cravo e Canela
Uma das obras de Jorge Amado que levou menos tempo para chegar às telas. Lançado em 1958, originou uma novela com Janete Vollu como Gabriela, acompanhada por Paulo Autran, Grande Otelo, Suely Franco, entre outros, já no início dos anos 1960, pela TV Tupi.
A versão de maior sucesso foi ao ar na Globo, em 1975, com Sônia Braga no papel da protagonista e elenco cheio de estrelas. Em 2012, foi a vez de Juliana Paes dar vida à personagem
Em 1983, o cinema ganhou Gabriela, Cravo e Canela por Bruno Barreto. Novamente, com Sônia Braga no papel principal.
Tenda dos Milagres
Além da minissérie exibida pela Globo, em 1985, existe um filme de mesmo nome lançado por Nelson Pereira dos Santos em 1977. Ambas as produções retratam a obra de Jorge Amado sobre a cultura negra na Bahia.
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