"Renaissance": álbum de Beyoncé tem recordes, vazamento e mudança de letra
Entre conquistas e controvérsias, sétimo álbum de Beyoncé vem sendo um dos principais assuntos da cultura pop nos primeiros dias de lançamentoUm dos lançamentos mais esperados do ano, o álbum "Renaissance", de Beyoncé, chegou às plataformas oficialmente na sexta-feira, 29. Celebrando referências e artistas da cultura negra e apostando no poder da pista de dança, o disco já é um dos destaques em repercussão de 2022. Em menos de uma semana, o trabalho da artista figura entre os assuntos mais comentados nas redes sociais, entre conquistas e controvérsias.
Performance nas plataformas
O disco quebrou diversos e sucessivos recordes em diferentes plataformas de streaming no Brasil e no mundo. No Spotify Global, por exemplo, "Renaissance" teve 43 milhões de execuções no primeiro dia de lançamento, firmando o trabalho como a maior estreia de álbum de artista feminina de 2022.
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No Spotify Brasil, o disco de Beyoncé teve mais de 6 milhões de execuções, o que garantiu a maior estreia de um álbum de artista feminina internacional na história da plataforma no País. No iTunes, "Renaissance" também debutou em 1º lugar no Brasil, além de ter conquistado a mesma posição em mais 74 países, incluindo Estados Unidos e Reino Unido.
Na Billboard Hot 100, tabela da performance das músicas lançadas nos Estados Unidos, as previsões indicam que o single "Break My Soul" deve garantir o topo da lista. Já no chart Billboard 200, de álbuns, "Renaissance" também tem previsão de estrear em primeiro.
Mudança de letra por capacitismo
Nesta segunda-feira, 1º, a equipe de Beyoncé lançou uma nota afirmando que um dos versos da música "Heated" será alterado. A letra original utiliza como "gíria" um termo da medicina que descreve uma condição ligada a espasmos.
Nas redes sociais, parte do público chamou a atenção para o uso indevido e considerado capacitista — ou seja, preconceituoso contra pessoas com deficiência — do termo. "A palavra, não usada intencionalmente de forma nociva, será substituída", garantiu a nota.
Em junho deste ano, o mesmo termo foi utilizado pela cantora Lizzo na música "GRRRLS". Como Beyoncé, a artista se desculpou e anunciou uma nova versão da canção.
Acusação de sample indevido
"Renaissance" traz samples — "amostra", em inglês, termo utilizado na música para se referir a trechos de outras obras que são reutilizados dentro de novas canções — de diversos artistas. O single "Break My Soul", por exemplo, sampleia "Show Me Love", de Robin S., hit dos anos 1990. Há, ainda, uso de partes de trabalhos de Donna Summer e Teena Marie.
Um dos samples do álbum de Beyoncé, porém, foi alvo de controvérsia: "Energy", quinta faixa do disco, traz trecho de "Milkshake", música de 2003 da cantora Kelis. A artista foi às redes sociais reclamar que não teria sido avisada do uso.
"Não é uma colaboração, é roubo. Estou surpresa com o nível de desrespeito. Eu soube disso da mesma forma que todo mundo fez", desabafou Kelis. Oficialmente, ela não é compositora e nem detentora dos direitos autorais da canção, mas defendeu que ter sido informada seria "decência humana". Os compositores e detentores estão creditados.
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Vazamento do álbum
Mesmo antes do lançamento de "Renaissance", o disco foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais por ter vazado na internet dois dias antes da data. Há relatos de arquivos e links extra-oficiais do trabalho que circularam no Twitter, Facebook e aplicativos como Telegram.
Na sexta-feira, 29, Beyoncé compartilhou uma carta aberta para marcar o lançamento do disco e agradeceu aos fãs pela espera. "Vocês realmente esperaram até a data propícia do lançamento. Assim vocês todos podem aproveitar juntos. Eu nunca vi algo assim. Não posso agradecer o suficiente por esse amor e proteção", afirmou.
"Eu agradeço a cada um que deu uma bronca naqueles que tentaram dar aquela espiadinha antes da hora. Isso significa tudo para mim. Obrigado pelo apoio inabalável de vocês. Obrigada por serem pacientes", seguiu a artista.
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