Após perder "parte da emoção", Woody Allen pode parar de dirigir filmes
"Perdi grande parte da emoção", disse o diretor Woody Allen nesta terça-feira, 28, em uma entrevista com Alec Baldwin"Perdi grande parte da emoção", disse o diretor Woody Allen nesta terça-feira, 28, em uma entrevista com Alec Baldwin, na qual comentou que seu próximo filme, que será gravado em Paris, poderia ser o último.
Allen, de 86 anos, conversou com Baldwin durante mais de meia hora em uma transmissão ao vivo na conta do Instagram do ator. "Provavelmente farei mais este filme, mas perdi grande parte da emoção, porque não tem o mesmo efeito cinematográfico, não é como quando comecei a gravar", disse o diretor de "Manhattan", "Annie Hall" e "Para Roma com Amor".
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Allen disse que ponderou sobre o assunto depois de sentir o gosto pelo isolamento durante a pandemia. "Eu estava em casa escrevendo muito", disse ele. "É uma boa maneira de viver. Então pensei: 'Bem, talvez eu faça mais um ou dois [filmes]'."
"Não tenho a mesma diversão de fazer um filme e apresentá-lo no cinema (...) Era bom saber que 500 pessoas viam de uma vez", comentou sobre as mudanças na indústria, abalado com a chegada e crescimento das plataformas de streaming. "Vou fazer mais um e ver como me sinto", acrescentou.
Baldwin, que esteve no olho do furacão após o disparo que matou sua diretora de fotografia Halyna Hutchins em um set de gravação em outubro, surpreendeu no domingo ao anunciar que conversaria com o diretor sobre seu livro humorístico mais recente, "Zero Gravity".
A entrevista, que teve vários problemas técnicos e uma audiência de aproximadamente 2.700 pessoas, se concentrou no livro de Allen, evitando perguntas sobre as acusações de abuso sexual de sua filha adotiva Dylan Farrow, que mancharam a carreira do diretor vencedor o Oscar. O caso é abordado no documentário "Allen v. Farrow", lançado pela HBO em fevereiro de 2021.
No primeiro dos quatro episódios da produção, Dylan Farrow, adotada por Allen e sua ex-esposa Mia Farrow, reitera sua acusação contra seu pai por ter abusado sexualmente dela quando tinha sete anos, em 1992. Allen nega as acusações, pelas quais enfrentou várias investigações.
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