Studio Ghibli: conheça estúdio japonês de animes de longa-metragem

Em quase 40 anos de existência, o Studio Ghibli é uma das produtoras de filmes mais conhecidas no Japão e no mundo. Conheça mais o estúdio de animes

16:22 | Jun. 24, 2022

Por: Camila Garcia
Há 37 anos, o Studio Ghibli produz animes de longa-metragem que retratam a vida no Japão e representam a cultura do país internacionalmente. (foto: Reprodução / Studio Ghibli)

Quando se fala em “animes”, geralmente se refere às produções animadas em formato de série, com vários episódios, arcos de história e cenas de ação. Mas, dentro da indústria de animes, existe um ponto fora da curva: o Studio Ghibli.

Criado em 1985 e sediado em Tóquio, Japão, o Studio Ghibli é um estúdio de produção de filmes animados, que também entram na categoria “anime”. Alguns dos mais famosos filmes produzidos pelo estúdio são “O Castelo Animado” (2004) e “A Viagem de Chihiro” (2001), que conquistou o Oscar de Melhor Animação de 2003.

O mais conhecido diretor do Studio Ghibli é Hayao Miyazaki. Amplamente creditado pelo sucesso de bilheteria e repercussão internacional dos animes produzidos pelo Studio Ghibli, Miyazaki escreve e dirige os filmes que idealiza, além de ter escolhido o nome da empresa: “ghibli" é um apelido do avião italiano Caproni Ca.309, usado na Segunda Guerra Mundial.

Studio Ghibli: animes na cultura pop

Os animes em longa-metragem produzidos pelo Studio Ghibli se tornaram ícones ao longo dos anos, não somente na cultura otaku mas também entre apreciadores do cinema internacional. De um modo geral, apesar de serem considerados animes, os filmes do Studio Ghibli são considerados estandartes da arte japonesa.

O enredo de filmes como “Meu Amigo Totoro” (1988) falam sobre a vida no Japão, em cenários rurais ou urbanos, envolvendo temas como família, amizade, respeito aos mais velhos e autorreflexão. Muito valorizado também é o conceito de “espaço vazio”, que sinaliza os momentos em que os protagonistas do filme são retratados descansando ou pensando, um estado popularmente descrito como estando “ao léu”.

Esse “espaço vazio” é um dos mais claros diferenciadores dos filmes japoneses de animação para os ocidentais; os momentos de relaxamento e de reflexão são essenciais para o desenvolvimento da narrativa. Já em animações americanas, por exemplo, o ritmo ocidental frenético e vertiginoso domina as cenas, servindo como uma “janela cultural” de um mundo diferente.