Empresa rompe com Alok e pede R$ 17 milhões após show em camarote
Após marcar presença em camarote de empresa concorrente, DJ está sendo processadoO DJ Alok está no centro de mais um embate judicial. Destaque internacional na cena eletrônica, o brasileiro está sendo processado após uma das empresas patrocinadoras do seu trabalho não gostar da presença do artista no camarote de um produto concorrente.
A empresa, que abrange o ramo da cervejaria, está cobrando R$ 17 milhões de Alok. A informação foi divulgada pela Folha de São Paulo, que informa ainda que nos autos do processo há outras empresas envolvidas nesse valor pedido.
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O imbróglio envolve o Grupo Petrópolis, que abrange as marcas Itaipava e Black Princess, da qual o DJ era garoto-propaganda. No camarote da Brahma, marca concorrente, Alok fez uma apresentação e compartilhou registros nas redes sociais. Apesar de tentar apagar a outra marca das fotos, a situação não foi bem recebida pela contratante.
Ainda de acordo com a Folha de São Paulo, a defesa do Alok rebate e aponta que o contrato do artista com o Grupo Petrópolis firmaram parceria em junho de 2021 e, nesse período de um ano, "todos os compromissos contratuais assumidos foram cumpridos".
Alok: plágio e outros processos
O embate após o show no camarote da empresa concorrente não é a única questão judicial que Alok tem enfrentado. Ele tem a autoria de lançamentos questionada pela dupla Sevenn, formada pelos irmãos Sean e Kevin Brauer. O duo norte-americano entrou na Justiça de São Paulo para questionar a autoria de hits lançados pelo brasileiro. Já Alok nega e afirma que a dupla é que lançou músicas dele sem dar o devido crédito.
Em janeiro deste ano, Sevenn já tinha afirmado, em entrevista para a revista Billboard, sobre o suposto crime envolvendo Alok. Só agora, porém, o caso chega até a Justiça. Entre as músicas que integram lista de disputa, destaque para alguns hits de Alok: "Fuego", lançada por Alok & Bhaskar em dezembro de 2016 e "Favela", de Ina Wroldsen e Alok, sucesso de 2018.
Em outro processo, o duo questiona também a música lançada por Alok em parceria com Juliette, que teria sido produzida por Kevin em 2017. Ele chegou a ser listado no Spotify como um dos compositores de "Un Ratito", mas não como produtor. “A melodia, a bateria, a guitarra – quase tudo o que você ouve tinha alguma coisa que eu fiz”, afirmou em entrevista à Billboard.
A dupla teria conhecido Alok em um festival de 2015 e teria criado sons que se tornaram característicos das músicas do DJ, que Alok chama de Brazilian Bass. Eles afirmam que produziram pelo menos 19 músicas do DJ, mas não receberam nenhum crédito, royalties de publicação ou remuneração.
No dia 5 de maio deste ano, o advogado do Sevenn, Eduardo Senna, entrou com um pedido de produção antecipada de provas sobre as músicas. Segundo informações do G1, o duo solicita que a Justiça faça uma perícia com especialistas musicais sobre a autoria das músicas a partir dos arquivos originais de produção.
Alok teria oferecido, segundo a Billboard, dinheiro à dupla em 2017, mas eles teriam negado, afirmando que eram gratos por tudo que o DJ havia feito por eles. A revista chegou a procurar Alok, que negou as acusações. Ele afirmou que os irmãos estavam tentando criar uma falsa narrativa, “tentando se apresentar como vítimas e litigar suas disputas com Alok na imprensa, bem como no tribunal da opinião pública. Alok não tem intenção de morder a isca”.
Segundo comunicado do brasileiro enviado à publicação norte-americana, Alok tem "um processo em andamento contra o Sevenn no Brasil decorrente do fracasso do Sevenn em creditar e pagar o Alok por uma série de lançamentos do Sevenn".
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