Festival de Máscaras do Cariri reúne diferentes países e culturas
A região do Cariri, mais precisamente entre as cidades de Crato e Juazeiro do Norte, sediou encontros entre os dias 24 e 29 de maio, promovendo um grande festejo
O Festival Internacional de Máscaras do Cariri (FIMC) contou com diversos intercâmbios, trazendo os diálogos sobre o mascaramento em diferentes formas e configurações. A região do Cariri, mais precisamente entre as cidades de Crato e Juazeiro do Norte, sediou encontros entre os dias 24 e 29 de maio, promovendo um grande festejo. Além disso, o pré-FIMC antecipou essas datas e realizou três oficinas dentro do tema.
Iniciamos a nossa festa com um cortejo de máscaras, ocupando as ruas do centro do Crato com grupos da nossa tradição e com outros que vieram de diversos lugares do mundo. Foi um cortejo que representava a nossa chegada, depois de mais de quatro anos nos organizando para voltar. E voltamos.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Foram oficinas, workshops, palestras, cortejos, performances, músicas, laboratório, espetáculos, filmes, circo, feiras, cultura popular e encontros. Durante os cinco dias, fomos intercambistas de sentimentos e alegrias, trocando sobre a máscara e a arte, para compreender como ela liga tantos, do Cariri à Argentina e vice-versa.
Estivemos no Largo da RFFSA, SESC Crato, Casa Ninho, ONG Beatos, Centro Cultural Marcus Jussier, Terreiro da Mestra Zulene Galdino, Vila da Música, Terreiro das Pretas, Terreiro do Mestre Aldenir e no Centro de Artes da Universidade Regional do Cariri-URCA. Além disso, as nossas conexões afetivas chegaram a partilhar com os bairros do Mirandão, Alto da Penha, Ossean Araripe e no Lameiro, com as Associações de Bairros.
A URCA sediou formações como a de "Máscaras Larvárias" (Cláudia Sachs/RS), "Públicos da Cultura- hábitos e práticas do consumo cultural" (Sérgio Sobreira/BA), "Narrativas de uma trajetória artística" (Lucianna Lima/SP), "Diálogos cênicos com educadores" (Sura Berditchesky/RJ), "Trocas afetivas para artes da cena com artistas" (Sura Berditchesky/RJ), "Oficina a Iniciação a Palhaçaria - A menor máscara do Mundo" (Neto Holanda/CE) e o "Fórum de Máscaras", com a Fabianna Mello/RJ e Andréia Paria/CE.
A RFFSA estava abraçando a Tenda do Theatro José de Alencar (TJA) - Encontro Menos Máscara do Mundo, que teve apresentações do "Transhumantes, Noche de Laboratórios" (LaFlotante Compañia/ Argentina), "Laborioso Contato" (Trupe Motim/CE), "Decripolou Totepou" (Odília Nunes/PE), "Cine Bondrés: Eram os poetas astronautas?" (Cia dos Bondrés/RJ), "O Circo Só" (Cia Tem Sim Sinhô/GO), "Alecrim no olho da Rua" (Carroça de Mamulengos/CE) e o "Cavalo Marinho Estrela Brilhante" (Condado/PE). Além da Feira de Artesanato da Beatos, a programação iniciava de 17h e ia até às 21 horas.
O SESC Crato teve espetáculos todos os dias. Passaram por lá a exposição de "Bonecos, máscaras e invenções cênicas" (Trupe Motim/CE) e peças como "O Peso do Pássaro Morto" (Cia Vadabordo/SP) , "4,5,4,3… Um passo por vez" (Aflorar Cultura/SP), "Cicatriz" (Teatro de Caretas/CE), "Cine Bondrés: Eram os poetas astronautas?" (Cia dos Bondrés/RJ) e o "E-zoo" (Karol Schittini/RJ).
ONG Beatos sediou o Jantar de Acolhimento, o III Colóquio Mascaramento na Cena Expandida/ GRUPO LAPA-UFMG/CNPq (virtual) e a despedida FIMC. A Vila da Música teve programações de espetáculos e de música, com a "Opereta Popular Canto de Reis" (Grupo Terra/CE), "Reisando" (CE), "Laborioso Contato" (Trupe Motim/CE), "La Danse Zaouli" (Don Marius/África) e "Esperando Comadre Daiana" (Cia Livremente/CE).
Na Casa Ucá, tivemos a performance "Transrústica" (Rondinele/CE) e o "Queermesse". A Casa Ninho sediou espetáculos como "O Peso do Pássaro Morto" (Cia Vadabordo/SP) , "4,5,4,3… Um passo por vez" (Aflorar Cultura/SP), "O Cão Chupando Manga" (Teatro de Anônimo/RJ) e "Cabras" (Grupo Ninho de Teatro/CE). Na Casa FIMC, contamos com o "LATA-Laboratório de Troca de Afetos" (Curso de Biblioteconomia da UFCA), as exposições "Tudo é Máscara" (Dada Petrole/CE) e "Adorno" (Andreia Noronha/CE), além de performances como "E-zoo" (Karol Schittini/RJ), "Cicatriz" (Teatro de Caretas/CE) e "Raios e Trovões- Um encontro com a Máscara" (Silvia Moura, Cláudio Ivo e Gonçalves da Silva/CE).
O FIMC, nos bairros Mirandão, Alto da Penha, Ossean Araripe e Lameiro, contou com espetáculos, oficinas, residências e filmes. Nas terreiradas, estivemos com formações, espetáculos, música e oficinas.
Entre as residências, estivemos com os grupos Maracatu Uinu Erê e o Cavalo Marinho Estrela Brilhante, além da residência das Pretas com o Don Marius. Além disso, estivemos também no Centro Cultural Marcus Jussier, em Juazeiro do Norte, com apresentação La Danse Zaouli (Don Marius/África).
Encerramos nossa festa com uma terreirada linda, no Terreiro do Mestre Aldenir. Esperamos mais encontros como este. Até a 4ª Edição. (Lara Alencar/ Especial para O POVO)
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