"Triangle of Sadness" vence a Palma de Ouro em Cannes

Comédia de humor ácido do sueco Ruben Östlund faz crítica ácida ao mundo do super ricos. Festival também registrou empates nas categorias de Grande Prêmio e Prêmio do Júri

00:04 | Mai. 30, 2022

Por: DW
O diretor Ruben Östlund recebe o prêmio pela comédia 'Triangle of Sadness (foto: Joel C Ryan/ Invision/ AP/ picture alliance)

O longa "Triangle of Sadness", de Ruben Östlund, conquistou neste sábado, 28, a Palma de Ouro, o principal prêmio do Festival de Cannes, na França, que neste ano teve sua 75ª edição. O filme prevaleceu sobre 20 outros longas da competição na seleção feita pelo júri.

"Triangle of Sadness" é uma sátira ao mundo dos influenciadores e dos super ricos. Parte da ação acontece em um iate de luxo, que é sequestrado por piratas. Alguns dos passageiros ficam presos em uma ilha onde as hierarquias são invertidas. Com esse enredo, o filme aborda o absurdo do capitalismo, relações de poder e desigualdade social.

A produção foi ovacionada por oito minutos após sua exibição no festival. A obra tem produção do brasileiro Rodrigo Teixeira. Essa é a segunda vez que o diretor sueco recebe a Palma de Ouro, repetindo feito de 2017, quando foi reconhecido por "The Square: A Arte da Discórdia". À época, o prêmio causou surpresa, já que, até então, era considerado raro na história do festival uma comédia arrebatar o troféu máximo.

No palco do Palácio de Festivais, Östlund afirmou que, sua intenção com "Triangle of Sadness" era "fazer algo que interessasse ao público e que o fizesse refletir com provocação". O diretor sueco recebeu a Palma de Ouro das mãos do diretor mexicano Alfonso Cuarón e do presidente do júri de Cannes, o ator francês Vincent Lindon. Esta é a primeira obra em inglês do diretor.

O filme tem no elenco Woody Harrelson, Harris Dickinson e Charlbi Dean. Também concorriam na categoria principal "Armageddon Time", de James Gray; "Crimes of the future", de David Cronenberg; "Decision to leave", de Park Chan-Wook; "Nostalgia", de Mario Martone; "Showing up", de Kelly Reichardt; "Les amandiers", de Valeria Bruni Tedeschi; entre outros filmes, de um total de 21 longas.

Nesta edição, o festival contou com cinco indicações de filmes dirigidos por mulheres - maior número da história do evento. Em outras categorias, houve um empate no Grande Prêmio, entre "Close", de Lukas Dhont, e "Stars at Noon", de Claire Denis. O Prêmio do Júri, por sua vez, também foi dividido entre "EO", do polonês Jerzy Skolimowski, e "The Eight Mountains", dos belgas Felix van Groeningen e Charlotte Vandermeersch. Já Park Chan-wook foi escolhido o melhor diretor por "Decision to Leave". 

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