Duda Beat celebra participação em jingle de Lula: ‘Luta por direitos’
Em entrevista ao O POVO, a cantora repercute a parceria na releitura da música "Sem Medo de Ser Feliz" e indica os próximos passos na carreira
17:06 | Mai. 30, 2022
Desde o sucesso com o hit “Bixinho”, de 2018, a cantora Duda Beat firma o posto como um dos principais nomes do pop contemporâneo. Com o segundo álbum “Te Amo Lá Fora” (2021), a compositora deixa claro que leva consigo a mistura de ritmos - que passam pelo frevo, forró e bregafunk - e a autenticidade de letras que tratam do há de que mais verdadeiro nos sentimentos. Em turnê com os shows da “Duda Beat On Tour”, a artista expande o público e consolida a mensagem que deseja passar enquanto figura pública.
Entre as novidades do mês de maio está a participação no vídeo “Sem Medo de Ser Feliz”, releitura do jingle de 1989 conhecido como “Lula Lá”, disponível no YouTube. Duda, que é formada em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio), compartilhou ao O POVO que a parceria aconteceu por meio da socióloga Rosângela "Janja" Silva, esposa de Luiz Inácio Lula da Silva.
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“Foi um convite muito especial. Entendo que nós, artistas, temos uma voz, podemos influenciar pessoas para o bem e devemos usá-la para incentivar a luta por nossos direitos e a preservação dos nosso valores”, afirma. A música ainda conta com as vozes de Chico César, Pabllo Vittar, Maria Rita e Lenine.
Após passagem por Fortaleza no último dia 28 de maio, devido ao show no Sol Festival, a artista frisa que o público cearense sempre foi “muito caloroso” e indica novidades: “Tenho conquistado aquilo que sempre desejei para minha carreira e vida. Então, a cada dia que passa, evoluo os sonhos e atinjo minhas metas. Luto para chegar mais longe”. Veja a entrevista completa:
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O POVO: Duda, você voltou há pouco tempo da sua segunda turnê pela Europa. Como foi esse contato com o público do exterior? Deu para turistar ou, quem sabe, trocar figurinhas com artistas lá de fora?
Duda Beat: A música é uma linguagem universal, sinto isso quando me apresento nos palcos fora do Brasil. É gratificante saber que nosso trabalho pode chegar a lugares que nunca imaginamos e que minhas canções tocam pessoas tão diferentes. Todo lugar que passo tento absorver um pouco daquela experiência para que me sirva de inspiração e expansão do meu repertório cultural.
OP: Quando seu último álbum, "Te Amo Lá Fora", foi lançado em abril de 2021, os grandes shows ainda não eram permitidos. Como foi produzir e trabalhar na divulgação do disco nesse período? Como está sendo a repercussão com o público nas apresentações ao vivo?
Duda: Foi um momento desafiador no mundo inteiro. Tivemos que aprender a trabalhar de maneiras até então desconhecidas e que talvez fosse até um formato para o futuro, mas precisou ser adiantado, né? Me comuniquei com meu público através das lives e busquei sempre por feedbacks do que sentiam quando ouviam ao disco, já que não tinha aquele calor humano do evento presencial.
OP: Um ponto muito marcante nos seus projetos é a mistura de ritmos, como pop, forró, frevo. O que é referência na construção da sua identidade artística?
Duda: As maiores referências que trago nas composições são meus sentimentos e origens. Canto aquilo que sinto e vivo. Trago minha história e outras que compartilham comigo. Busco ser fiel aos meus gostos e verdades, pois é desta forma que acredito conseguir tocar o outro.
OP: O seu último disco tem parcerias como Cila do Coco e Trevo, mas você também já trabalhou com nomes como Matheus Carrilho e Nando Reis. Como você escolhe os artistas com quem deseja colaborar?
Duda: O universo sempre colocou pessoas no meu caminho com ideologias e sentimentos muito sintonizados. Os processos de parcerias acabam sendo muito orgânicos. Vamos trocando experiências e as nossas paixões fazem nascer músicas espetaculares!
OP: Em fevereiro, você lançou o single "Dar Uma Deitchada", que também ganhou challenge no TikTok. Como você vem se aproximando dessas novas tendências do mercado musical nas redes sociais?
Duda: Busco sempre saber quais são as referências do momento. Quando vou lançar algo, o intuito é atingir a maior quantidade de pessoas, penso nos meus fãs e em novas pessoas que podem conhecer meu trabalho através da música. Quero que minha arte fique na cabeça delas. Aí sim vou ter a certeza que algo é viral!
OP: Recentemente, você também participou de "Sem Medo de Ser Feliz", uma releitura do jingle de Lula de 1989. Como aconteceu o convite? Como você, até mesmo a partir da formação em Ciências Políticas, se enxerga nesse debate político enquanto artista?
Duda: O convite veio através de Janja, que já acompanhava meu trabalho, assim como meu posicionamento social. Foi um convite muito especial. Entendo que nós artistas temos uma voz, podemos influenciar pessoas para o bem e devemos usá-la para incentivar a luta por nossos direitos e a preservação dos nossos valores.
OP: Nos próximos meses, você segue com a nova turnê e já tem várias apresentações solo e em festivais, como o Rock In Rio. O que o público pode esperar em questão de estrutura e repertório?
Duda: Vamos levar uma experiência pensada nos mínimos detalhes para que o público possa vivenciar e sentir cada uma das músicas! Tem muito coreografia nova nesse show!
OP: No último sábado, 28, você retornou mais uma vez a Fortaleza. Qual é a sua relação com a cidade e os fãs da capital cearense?
Duda: O público cearense sempre foi muito caloroso comigo e minha arte.
OP: Gostaria que você falasse sobre suas projeções e desejos para a carreira. Como você analisa os futuros passos na trajetória musical?
Duda: Tenho conquistado aquilo que sempre desejei para minha carreira e vida, então a cada dia que passa, evoluo os sonhos e atinjo minhas metas. Luto para chegar ainda mais longe. Vem muita coisa boa ainda pra este ano, tem apresentação no Rock In Rio, clipes novos e em breve vocês saberão mais!
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