Após cair o teto da sede, Associação Vidança lança campanha de doações

Uma casa com cerca de 30 anos, localizada num terreno de declive do bairro Vila Velha, na periferia de Fortaleza, abriga sonhos e conflitos de pessoas que exaltam as mais diversas artes. Naquela área de mangue da Capital, a Associação Vidança Cia. de Dança do Ceará promove atividades gratuitas com foco em danças clássicas e contemporâneas, artesanato, corte e costura, percussão, capoeira, biblioteca comunitária, contação de histórias e mais. Cerca de 200 crianças, jovens e adultos participam das programações. A sede, contudo, passa por danos estruturais.

Após queda de parte do teto da lavanderia do local, devido às intensas chuvas no Ceará no primeiro semestre de 2022, a Vidança lança a campanha “Nossa Casa”. O intuito é angariar recursos para uma reforma da estrutura, que está comprometida.

A coreógrafa e professora Anália Timbó, 65, fundadora e diretora da Vidança, conta que é preciso reparar o forro do teto, refazer o telhado da casa, pintar paredes e realizar reparações na caixa d’água, na fossa e na parte elétrica. A associação, com 40 anos de história e em atividade há 12 anos ali naquela casa, recebe doações de qualquer valor em dinheiro via pagamento eletrônico instantâneo, o PIX (chave CNPJ 00620970000190 / Caixa Econômica Federal).

“A casa está situada numa área de mangue. Quando conquistamos o espaço, era um tempo de seca. Pouco a pouco, foram aparecendo situações desafiadoras”, relata a diretora ao Vida&Arte. Entre os desafios, estão o chão inundado quando chove e o cupim na edificação. Segundo Anália, a sede contou com algumas pequenas reformas, conforme as demandas iam aparecendo. “Como a casa é antiga, aos poucos, fomos dando um jeitinho de reformar”. No momento, há uma parte da sede com esses reparos e outra parte em espera, com estrutura comprometida.

Para a diretora, o ideal seria uma reestruturação, indo além das manutenções pontuais. Para isso, entretanto, seria necessário um “aporte financeiro alto”, inviável ao projeto. A Vidança se mantém por recursos de editais e algumas doações de pessoas físicas. “Há dores novas, sonhos novos”, lamenta Anália.

O teto, segundo a diretora, caiu à luz do dia. “Graças a Deus não aconteceu nada”, comenta. A sede da Vidança conta com duas entradas. De acordo com Anália, após a queda de parte do teto, apenas um acesso está em pleno funcionamento. A estrutura comprometida segue interditada. “Para evitar passagem por lá. Não queremos parar, mas a gente também tem que ter cautela. Além da estrutura, têm histórias sendo construídas no espaço, são 200 pessoas entrando e saindo, cerca de 30 profissionais colaboradores”.

Orçamento da reforma

“Ainda não conseguimos aporte para a reforma”, pontua Anália. A diretora informa que há um profissional desenhando a planta do lugar. A reforma está orçada em cerca de R$8 mil. A campanha “Nossa Casa” arrecadou uma média de R$2300.

Anália ressalta os laços afetivos daquela sede. Ainda que ofereçam edificações em outros bairros, ela afirma: “Não é tão simples. A Vidança nasceu no Vila Velha, está localizada numa área distante, isolada. Tem sentimento envolvido, faz parte da história da comunidade”. Durante a pandemia da Covid-19, inclusive, o projeto seguiu em funcionamento, promovendo campanhas de cestas básicas para a comunidade. Anália conta as dificuldades durante o período: “Infelizmente, não conseguimos manter alguns colaboradores”.

Com escola de artes, companhia de dança e mais projetos desenvolvidos, a Vidança atua na formação artística e cidadã. A diretora narra momentos em que pessoas largaram o uso de drogas ilícitas para produzir arte, por exemplo. Nesta trajetória, Anália também agradece o apoio de instituições como Enel, Cagece e Cegás, que, por meio de editais, destinaram recursos às atividades da Vidança.

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Doações via PIX

Chave CNPJ: 00620970000190 / Caixa Econômica Federal

Associação Vidança

Quando: segunda a sexta-feira, das 9 às 19 horas
Onde: av. L, 400 - Vila Velha
Mais info: vidanca.org.br e @ciavidanca no Instagram

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