Reynaldo Gianecchini afirma que a Globo proíbe falar sobre política
O ex-ator da Rede Globo revela que só pôde falar de política após sua saída da emissora e critica novela famosa que fez parte nos anos 2000
14:20 | Mai. 06, 2022
O contrato de Reynaldo Gianecchini com a Rede Globo teve fim em julho do ano passado. Em entrevista para a Veja, o ator falou sobre ter começado a se posicionar politicamente somente após sua saída da emissora, que proibia o assunto. Outras pautas como privilégios, questões raciais e sexualidade foram abordadas na conversa.
Gianecchini, que irá estrear na Netflix com a segunda temporada de “Bom dia, Verônica”, declarou que não é possível falar sobre política na Globo. O ator começou a se posicionar contra o Governo Bolsonaro após o fim do contrato:
“Áreas fundamentais para o crescimento de uma nação estão jogadas às traças. Sou filho de professores, uma profissão que amo, e me dói ver como a educação do País está. Isso sem falar do setor cultural”,disse o ator.
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Novo olhar crítico
Ao ser questionado sobre as dificuldades enfrentadas no tratamento contra o câncer que teve, Gianecchini comentou: “Comecei a doar o meu salário. Eu fiquei mais empático e aprendi sobre política e questões sociais, como o racismo.”
Sobre questões raciais, o ex-global comentou sobre a novela "Da Cor do Pecado", da qual fez parte: “título inadmissível”. Ele afirma que, se 60% da população brasileira é negra, 60% do elenco também deveria ser. E completa: “Não trabalho em projetos que não tenham elenco diverso”.
Sexualidade
Em resposta ao período em que esteve casado com Marília Gabriela e aos boatos sobre sua sexualidade que existiam na época, Gianecchini afirmou que ria da situação e que era muito feliz em seu casamento.
Em 2019, o ator falou abertamente sobre ser bissexual e, na entrevista para a Veja, ele comentou sobre o fim do seu casamento ter sido um momento de descoberta:
“Quando nos separamos, eu pensei: já disseram tanta coisa sobre mim que eu tenho crédito para experimentar tudo o que falaram que eu fiz, mas ainda não tinha feito”.
Por fim, refletiu sobre a possibilidade de sua sexualidade influenciar sua carreira: “Ser eu mesmo era mais importante.”
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