Um ano sem Paulo Gustavo: Thales Bretas fala de incômodo do filho do casal
Em entrevista ao programa Mais Você, o viúvo do humorista destacou que busca reforçar a figura de Paulo para os dois filhos do casal
13:20 | Mai. 03, 2022
O médico Thales Bretas, viúvo do ator Paulo Gustavo, afirmou que os filhos do casal, Romeu e Gael, não entendem muito bem a ausência do pai, morto de Covid-19 em maio de 2021. As crianças, que têm 2 anos e 8 meses, têm acesso constante a imagens do humorista, um cuidado que a família tem para manter viva a presença de Paulo. "Tento mostrar vídeo, foto, mas sinto que é uma coisa que ainda não é clara para eles", contou o médico em entrevista no programa Mais Você, nesta terça-feira, 3.
Thales detalhou ainda que Romeu parece demonstrar incômodo em algumas situações envolvendo a ausência do pai. "O Romeu era muito apegado ao Paulo. O Paulo passava, Romeu começava a chorar querendo ir pro colo dele. Sinto que quando eu comento do papai Paulo e falo que agora ele tá no céu e é uma estrelinha olhando pra gente, ele muda de assunto, sai de perto, sinto que ele se incomoda de alguma forma", afirmou o viúvo.
Na entrevista, ele comentou também sobre a homenagem para o humorista no desfile da escola de samba São Clemente. "Foi muito forte, mais forte do que eu imaginava. Eu já tinha desfilado uma vez no chão, mas foi muito lindo ver a plateia toda se emocionando, pessoal no camarote, todo mundo cantando", celebrou.
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Thales já havia explicado, em entrevista à revista Quem, que está dividindo a criação de seus filhos com a mãe de Paulo Gustavo, dona Déa Lúcia. Thales também comentou que tenta manter viva a memória do marido dentro de casa, relembrando a trajetória e realizações de Paulo para que os filhos cresçam com a imagem do pai. "Toda obra do Paulo está eternizada e o amor por ela está dentro da gente. Quero que os meninos [filhos] cresçam cientes de tudo isso. Sempre mostro coisas para eles. Meu plano é evidenciar para meus filhos o orgulho que temos do Paulo. Ele é importante para o Brasil, para a história do movimento gay, e vai para sempre ser importante", disse ele.
No semestre passado, Déa se mudou de Niterói para o Rio de Janeiro a fim de poder ficar mais tempo com os netos. "Sai de Niterói porque só tenho Juliana de filha agora. Ela mora no Rio de Janeiro e trabalha com televisão, cinema e é complicado porque volta de madrugada para casa. Juliana já capotou com o carro algumas vezes e eu fico apavorada. Aí, eu falei: 'Juliana, fica no Rio e eu vou para aí ficar com você e meus netos. Eles ficam comigo lá. Agora, eu quero ser só avó", explicou Déa ao Globo.
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