Elon Musk e James Franco devem depor em julgamento de Johnny Depp
Johnny Depp processa Amber Heard por difamação e pede US$ 50 milhões; a atriz também processa o ator e pede US$ 100 milhões
10:44 | Abr. 20, 2022
O conflito entre Johnny Depp e Amber Heard segue em julgamento nos tribunais do Estado norte-americano de Virgínia. Após perder um processo no Reino Unido, Depp entrou com uma ação de difamação contra Amber Heard nos Estados Unidos, pedindo US$ 50 milhões em danos morais. Amber também processa o ator e pede US$ 100 milhões. O julgamento teve início no dia 11 de abril e cerca de 120 pessoas estão listadas como testemunhas em potencial. Entre elas estão celebridades como Elon Musk, Ellen Barkin, Paul Bettany e James Franco.
Musk, CEO da Tesla, deve testemunhar a favor de Amber. Os dois tiveram um relacionamento entre 2016 e 2018. Ele chegou a oferecer segurança 24 horas para proteger a atriz de Depp, de acordo com mensagens de texto lidas no julgamento de Depp contra The Sun. James Franco também deve falar a favor de Heard. A atriz teria desabafado com ele sobre hematomas em seu corpo após uma briga com Depp.
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Paul Bettany, conhecido por seu papel como "Visão" nos filmes da Marvel Studios, também deve depor, mas a favor de Depp, além de prestar esclarecimentos sobre mensagens que os dois trocaram onde o protagonista de franquia "Piratas do Caribe" falava sobre "queimar", "afogar" e fazer sexo com o "cadáver queimado" de Amber Heard.
Origem do conflito
Depp e Amber se conheceram no set de filmagens do filme "O Diário de um Jornalista Bêbado". Em 2012, engataram um namoro e três anos depois se casaram. No entanto, após 25 meses juntos, eles se separaram. Amber pediu o divórcio e uma medida protetiva contra o ator, afirmando que ele a havia atacado violentamente. A atriz também alegou assédio e abuso emocional. Depp negou todas as acusações.
Um juiz concedeu a Amber uma medida protetiva temporária, mas posteriormente o ex-casal divulgaram uma declaração conjunta onde afirmaram que o problema havia sido resolvido e Amber desistiu das acusações como parte do acordo de divórcio, onde também recebeu US$ 7 milhões, que ela prometeu doar à União Americana de Liberdades Civis.
Tudo parecia resolvido entre eles, até que em 2018, Amber escreveu um artigo de opinião no The Washington Post, relatando sua experiência como "figura pública alvo de violência doméstica". "Senti toda a força da ira que nossa cultura nutre pelas mulheres que se manifestam", escreveu. "Tive a oportunidade de ver, em tempo real, como as instituições protegem os homens acusados de abuso", declarou.
Amber não citou nomes no artigo, mas Depp alegou que o conteúdo abalou sua carreira e prejudicou sua reputação. Com isso, decidiu mover um processo contra a ex-esposa por difamação.
Processo contra jornal
Em 2018, antes da publicação do artigo de Amber, Depp iniciou um processo por difamação contra o News Group Newspapers Ltd, editora do jornal britânico The Sun, após a publicação de um artigo que se referia ao ator como "espancador de esposas". Apesar do processo ter sido movido contra o jornal, o conflito entre o ex-casal nos tribunais acabou repercutindo mais. Depp acabou perdendo a causa. No ano passado, o ator moveu um recurso que foi recusado.
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