Livraria de Gaza reabre após ser destruída por bombardeio
A nova livraria, que tem dois andares e área de 1.000 metros quadrados, tem cerca de 400.000 livros no valor de cerca de 350.000 dólares
16:00 | Fev. 20, 2022
A livraria Samir Mansur, uma verdadeira instituição na Faixa de Gaza e destruída por um bombardeio no ano passado, reabriu graças a uma campanha internacional de doações. “Estou muito feliz por termos conseguido reabrir a livraria”, disse Mansur à AFP.
A nova livraria foi construída a cerca de 200 metros da antiga, no bairro Rimal, a oeste da cidade de Gaza. O edifício foi destruído em 18 de maio de 2021 em um bombardeio israelense durante a guerra entre o movimento islâmico Hamas no poder em Gaza e o exército israelense.
Os confrontos começaram depois que a polícia israelense invadiu a mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém, em resposta a alguns fiéis, que atiraram pedras e explosivos.
A nova livraria, que tem dois andares e área de 1.000 metros quadrados, tem cerca de 400.000 livros no valor de cerca de 350.000 dólares, segundo Mansur. Tem "quatro vezes mais livros do que antes de ser destruída", graças aos numerosos doadores que se mobilizaram para reativar o projeto, explicou.
Centenas de pessoas, incluindo escritores e intelectuais, assistiram à sua inauguração. "A ocupação israelense pode destruir um prédio (...) mas não pode quebrar a vontade dos palestinos", disse o ministro palestino da Cultura, Atef Abu Seif, presente na inauguração.
A livraria Mansur, fundada há cerca de trinta anos, era considerada a maior e mais antiga da Faixa de Gaza. Seu acervo incluía livros escolares e universitários, romances e livros políticos em árabe e inglês.
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